São Paulo - O fato de a seleção de vôlei feminino ter provocado uma certa decepção
no último Grand Prix, realizado na Malásia, não abala a confiança
de Leila. "Tenho certeza de que vamos chegar lá. Basta todo mundo
virar leão, esquecer que é cordeiro", afirma a musa, que disputará
a terceira e última Olimpíada. "Quero me despedir com uma medalha
no peito."
Leila mostra um entusiasmo incomum quando
fala sobre os Jogos, do bochincho numa Vila Olímpica. Diz que o
grupo fez uma ótima preparação e, por isso, dificilmente deixará
de subir ao pódio. "Eu boto fé que vamos brigar pelo ouro", diz
a canhota Leila, dona de uma grande impulsão, que teve de desenvolver
em razão da altura, 1,78 m. Quando sobe para executar uma cortada,
atinge 2,91 m. É fulminante.
Convidada a fazer um filme de ação nas Filipinas,
Leila é uma das jogadoras mais vaidosas da seleção. Sempre carrega
uma batelada de cremes, perfumes e produtos de beleza na bagagem.
Por essa razão, deve enveredar pela área de estética quando deixar
o vôlei.
Uma coisa que os amigos de infância jamais
poderiam imaginar. Leila simplesmente odiava brincar de boneca ou
casinha. Gostava mesmo de traquinagens mais chegadas aos garotos,
como andar de bicicleta ou carrinho de rolimã. Tanto que ficou conhecida
na infância em Taguatinga, cidade-satélite de Brasília, como "Maria
Bicicleta"