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Nélson Ferreira tenta ganhar fama musical
Terça-feira, 12 Setembro de 2000, 22h30

Camberra - A conquista de uma medalha na Olimpíada de Sydney pode ser o empurrão que falta na carreira do saltador Nélson Ferreira Júnior. Não só na carreira de atleta, mas também na de compositor.

Ex-baterista das bandas Lorraine, de Presidente Prudente, e Belos Malditos, de São Paulo, Nélson diz que aproveitará as férias depois dos Jogos Olímpicos para gravar o seu quarto CD. Se conquistar a tão sonhada medalha, o atleta espera poder tirar proveito da fama. Não para pôr o disco no circuito comercial, mas para ver suas músicas gravadas por outras bandas.

Eclético, o seu gosto musical varia do rock-pop ao blues passando pelo sertanejo. Os seus ídolos, porém, são os compositores Renato Russo, Cazuza e Raul Seixas. "Eles fazem a minha cabeça e falam ao meu coração", revela o saltador, que quer estudar música quando parar de competir.

"Muito do que faço hoje é de instinto, sem muita técnica." No período pré-olimpíada, Nélson resolveu esquecer as composições e investir em sua preparação. Do visual roqueiro, o atleta só mantém cabelos compridos, sempre presos com rabo de cavalo.

A concentração nos treinos tem sido absoluta. No estágio de aclimatação, em Camberra, por exemplo, o saltador passava a maior parte do tempo trancado no quarto. "Voltei a treinar com o técnico Aristides Junqueira em dezembro, depois de três anos trabalhando com o Nélio Moura", lembra. "A mudança de treinador e, conseqüentemente, da técnica de salto me atrapalhou bastante", prossegue. "Só consegui o índice para a Olimpíada no Troféu Brasil, no início de agosto, no Rio, e isso atrasou bastante a minha preparação."

Marcas modestas - Aos 27 anos, Nélson disputa a sua segunda Olimpíada. Ao contrário da primeira, em Atlanta, quando foi apontado como um dos favoritos à medalha, agora tem consciência de que será uma surpresa se garantir um lugar no pódio. "Não participei do circuito europeu e minhas marcas estão mais modestas este ano", admite o paranaense, pai de Aline, de 7 anos, e Fernanda, de 2 anos. "Saltei 8,18 metros no Rio, mas para brigar por medalha em Sydney terei de obter mais de 8,30 metros."

A participação do atleta na Olimpíada de Atlanta foi uma das maiores frustrações na sua carreira. Por causa de um atraso na disputa da prova, perdeu o aquecimento e, em sua segunda tentativa de salto, sofreu uma grave lesão muscular. Precisou de seis meses de tratamento e, de muita força de vontade, para superar a decepção. "Viajei para Atlanta com a melhor média de saltos entre todos os inscritos", relembra. "Infelizmente, nada deu certo."

Como avaliação do seu estágio de treinamento, Nélson participa na quinta-feira, na pista de aquecimento de atletismo da Vila Olímpica, de um torneio preparatório para a Olimpíada. A competição, segundo ele, não servirá de parâmetro para os Jogos. "Estou treinando forte, com a musculatura presa", avisa. "Resultados só mesmo na competição oficial."

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