Sydney - O iatista Roberto Scheidt mencionou recentemente que poderia abandonar a classe Laser por uma outra, mas diz agora que não vai pensar no assunto até o final dos Jogos de Sydney.
"Vou esperar o mês de novembro para ver quais são as classes das próximas Olimpíadas e tomar a decisão", disse ele à Reuters. "Mudar faz parte da carreira de qualquer velejador. É uma evolução. Mas também existe a possibilidade de eu continuar nessa classe pelos próximos quatro anos", completou.
Se fosse fazer a escolha hoje, Scheidt preferiria as classes Tornado ou Star. "Acho que essas seriam as em que eu daria mais certo". A competição da Laser está marcada para começar no dia 20 de setembro. O barco de Scheidt já está pronto e o único problema que o preocupava, uma tendinite inesperada no antebraço esquerdo, já foi devidamente tratado.
"Não estou tomando remédio. As sessões de fisioterapia do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) foram excepcionais. Elas me fizeram melhorar e me deram uma confiança extra", conta o velejador, ganhador da medalha de ouro em Atlanta e bicampeão do mundo.
Na quarta-feira, Scheidt, tirou o dia para descansar. Ele, que tem 27 anos e gosta de relaxar ouvindo o rock and roll de bandas como Rolling Stones e U2, além de Skank, Eric Clapton e reggae em geral, acredita que afastar-se um pouco da rotina de treinamento também é importante.
"Quero sair por aí e fazer um passeio, uma caminhada", disse ele, que ainda não teve tempo de conhecer as atrações de Sydney.
Como espectador, Scheidt pretende ver a natação brasileira, principalmente o revezamento 4x100m. "Pedi um ingresso e queria ver o tênis também."
Com os atletas, porém, Scheidt já interagiu. Ele almoçou com Guga e o nadador Fernando Scherer, o Xuxa, no refeitório da Vila Olímpica. "Vimos o Ian Thorpe", conta ele, com o ânimo de quem é fã do supernadador australiano.