Sydney - A seleção sub-23 deu um passo importante rumo à conquista da inédita medalha de ouro olímpica ao futebol brasileiro. Venceu a Eslováquia, de virada, por 3 a 1, derrubou a barreira da ansiedade da estréia e tranqüilizou o técnico Wanderley Luxemburgo - envolvido em polêmicas no Brasil e bastante cobrado por ter deixado de convocar craques como Romário e Rivaldo, por exemplo.
“Foi um bom início, superamos o nervosismo do primeiro jogo”, avaliou o treinador. "A Eslováquia é um time aplicado e muito perigoso no contra-ataque. Nós sabíamos disso e tivemos paciência para reverter um resultado negativo.”
Aliviado, Luxemburgo destacou que o momento mais importante da partida foi quando o Brasil empatou o jogo, “três minutos depois de ter sofrido o gol”. “Mesmo em desvantagem a equipe soube trabalhar a posse de bola e manter o equilíbrio”, disse o técnico.
O capitão Alex também estava muito contente. A vitória e o gol que definitivamente liquidou o adversário europeu foram um verdadeiro presente de aniversário - o meia completa 23 anos nesta quinta-feira. “Nossa geração é muito boa”, afirmou o ex-palmeirense em referência ao fato de Luxemburgo ter dado um voto de confiança aos “meninos” do sub-23 e ter deixado de fora da Olimpíada jogadores já consagrados. “Foi um grande presente para mim”, finalizou o meia da seleção.
Mas toda a alegria e descontração acabaram no momento em que um repórter brasileiro perguntou ao treinador porque ele havia trocado a elegância do terno e gravata pela esportividade do agasalho da Nike. Luxemburgo ficou irritado: “essa pergunta é uma grande bobagem, aqui vivemos o espírito olímpico e não estou preocupado com o uniforme.”