Sydney - Reeditar a boa campanha no torneio dos Jogos de Atlanta 96, no qual o Brasil conquistou a medalha de prata, e provar que
pode se manter entre as grandes equipes mundiais depois da aposentadoria de
Paula e Hortência. Esse é o objetivo da seleção feminina de basquete nos Jogos de Sydney. O desafio começa contra a Eslováquia, às 21h30min de sexta-feira, no The Dome, ginásio com capacidade para dez mil pessoas localizado no Parque Olímpico.
Além de Brasil e Eslováquia, o Grupo A do torneio de basquete conta com
Austrália, Senegal, França e Canadá. As eslovacas, adversárias da estréia,
são concorrentes diretas na luta pelos primeiros lugares da chave.
O técnico
Antonio Carlos Barbosa sabe que será preciso muita paciência durante a
partida. "Vamos ter que controlar a ansiedade da estréia, contra uma equipe que
exige atenção
total", disse. "Elas procuram manter a posse de bola o maior tempo possível, jogam no
erro do adversário e são eficientes. A Eslováquia ganhou dos Estados Unidos
durante a preparação. O time não tem nada de bobo."
A ala Janeth concorda com o treinador ao afirmar que o principal ponto da
equipe tem de ser a tranqüilidade. "O time está evoluindo e tem condições de vencer", disse. "A nossa defesa vem funcionando muito bem. Precisamos apenas evitar a precipitação no ataque."
Entre as principais jogadoras eslovacas, o auxiliar-técnico Paulo Bassul
destacou Zirkova, Godalyova e Renata Hirakova. Ele observou alguns jogos das
adversária e fez uma análise técnica.
"O conjunto do time é forte, mas as três são as que mais chamam a atenção", disse.
"O que pude reparar, porém, é que as reservas não conseguem manter o ritmo
das titulares. Nas trocas, o time cai muito."
Barbosa ainda não confirmou o time titular. Mas, nas últimas partidas, tem
começado com Claudinha, Helen, Janeth, Cíntia Tuiú e Alessandra. O técnico
brasileiro conta também com as armadoras Adrianinha e Silvinha, as laterais
Adriana e Zaine e as pivôs Marta, Kelly e Zaine.+