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Brasil é coadjuvante da natação
Quinta-feira, 14 Setembro de 2000, 21h39

Sydney - O cenário é perfeito: um centro aquático com toda a tecnologia disponível para a natação, de arquitetura arrojada e lindo. O programa do espetáculo foi montado para enlouquecer o público que, na Austrália, uma ilha-continente, é apaixonado por água e pela natação.

Um dos esportes do primeiro dia de competições do calendário olímpico, com finais a partir da madrugada de sábado (5 horas, horário de Brasília), o programa inclui, de cara, a participação da maior estrela australiana da natação, o jovem "Torpedo" Ian Thorpe, de 17 anos, nos 400 m, livre, a prova na qual a sua chance de medalha é absoluta -o recordista mundial da distância não tem rival. O show ainda terá o duelo entre Estados Unidos e a Austrália nos 4x100 m, livre, prova em que o Brasil é coadjuvante.

"A Fina (Federação Internacional de Natação) realmente montou um programa especial, para trazer um espetáculo único ao esporte", avalia o técnico brasileiro, Reinaldo Dias, ressaltando que, na atualidade, "nenhum ser humano normal da natação" poderia derrotar Thorpe nos 400 metros. "Thorpe não vai precisar nadar nem 100%, bastam 95%", comenta o nadador Luiz Lima, que também cai na piscina para os 400 m, como aquecimento para sua prova principal, os 1.500 m, e tentando melhorar o seu tempo na distância, de 3min52s25. Seu técnico, Luiz Raphael, não acredita que possa estar entre os oito finalistas, na final, com Ian Thorpe. "Ninguém pode fazer frente a Thorpe, que vai ganhar com uma vantagem imensa, de um ou dois corpos", aposta Raphael.

Gustavo Borges é incisivo. Na sua avaliação, apenas um outro australiano, Grant Hackett, pode chegar perto de Thorpe que, na verdade, tem sua briga pessoal. "A luta dele é por um novo recorde mundial." Ser coadjuvante em um espetáculo tão nobre não é ruim. Até porque o Brasil nada, com chance de medalha, os 4x100 m, livre, prova em que a atenção vai estar concentrada na briga particular entre oito nadadores, quatro dos Estados Unidos e quatro da Austrália, cada um tentando ser o mais rápido nos 100 metros. E os australianos terão Ian Thorpe na equipe, que poderá sair da piscina ainda mais consagrado. Gustavo Borges está no time brasileiro, ao lado de Fernando Scherer, o Xuxa, Carlos Jayme e Edvaldo Valério. Gustavo, assim como os técnicos, insistem que o Brasil tem chance de obter uma medalha de bronze, também em um duelo particular, contra os nadadores russos, entre eles o talentoso Aleksandr Popov, e holandeses, que têm Pieter von den Hoogenband. Por isso, Gustavo acha a estratégia definida pelos técnicos da equipe brasileira acertada.

Pela manhã, nas eliminatórias, o Brasil terá Xuxa, Carlos, Edvaldo e Gustavo, fechando - tem experiência para controlar o tempo que o time vai precisar para estar entre os oito finalistas. Na final, Xuxa abre e Gustavo cai na piscina em segundo, exatamente para nadar contra Popov e Pieter, na mesma posição dos rivais, com Carlos e Edvaldo fechando, na seqüência. "É a tática mais acertada", ressalta Gustavo. O técnico Reinaldo Dias observa que o Brasil tem o quarto tempo nos 4x100 m (3min17s18), atrás de Estados Unidos (3min15s65), Austrália (3min16s08) e Holanda (3min16s27). "Estamos perto do terceiro, mas não muito longe do quinto, a Rússia (3min18s75)", observa Reinaldo, acrescentando que os mais novos, Carlos Jayme e Edvaldo Valério, foram bem preparados.

O papel de coadjuvante, em uma prova em que a pressão fica com os adversários é bom para o Brasil, na opinião de Reinaldo. "Um bom resultado, no templo da natação, terá um valor imenso." Seria uma medalha inédita e que o Brasil vem perseguindo há algum tempo - a equipe foi Quarta em Atlanta, em 1996. O Brasil ainda terá Fabíola Molina, nos 100 m, borboleta, e Eduardo Fisher, nos 100 m, peito.

Agência Estado

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