Sydney - Enquanto nadadores famosos e milionários disputavam a tapas os novos maiôs “fast skin” distribuídos de graça por uma multinacional de roupas esportivas, os países do quarto mundo esportivo se preparam para o início da Olimpíada do ano 2000 dentro do mais puro e clássico lema olímpico: “o importante é competir”.

Longe dos holofotes e da tecnologia de ponta, delegações simbólicas das pequenas nações chegaram a Sydney apenas para marcar presença. Nomes exóticos, que vão da diminuta ilha de Nauru – o menor país do mundo, presente com 3 atletas – ao minúsculo principado europeu de Andorra (5 atletas), passando pelos dois arqueiros que representam o país do rei Dragão (Butão), desfilam hoje no estádio olímpico para cumprir a missão de mostrar sua bandeira ao mundo do esporte, o que para eles tem tanto valor como uma medalha no peito.

Entre os países da América do Sul, a Bolívia (7,6 milhões de habitantes, dez olimpíadas, nenhuma medalha) foi quem levou para a Austrália a menor delegação: apenas cinco atletas. Um competidor a menos que o Nepal – que vai participar no atletismo, judô, tiro e natação – e apenas um a mais do que Palau, um arquipélago na Micronésia de apenas 20 mil moradores.

Dos cinco esportistas bolivianos, apenas a corredora Geovanna Irusta obteve o índice exigido pelos organizadores. Os demais atletas conseguiram o passaporte para os jogos graças à inscrição de direito, que o Comitê Olímpico Internacional oferece aos países que não conseguem classificar seus atletas.

Agência Estado