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Sydney, "a capital do universo", fez um show na abertura
Sexta-feira, 15 Setembro de 2000, 13h21

Sydney - Começou oficialmente na sexta-feira a corrida pelas medalhas olímpicas. O mundo esteve reunido por quatro horas para celebrar a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Sydney - cerca de 3,7 bilhões de pessoas falaram a mesma língua e esqueceram um pouco do interesse, maldade, miséria e morte.

Sydney acordou de um sonho de quatro anos para assumir o título de capital do universo. A festa de abertura dos Jogos da 27a. Olimpíada começou no início da noite australiana (manhã no Brasil) e cumpriu a promessa típica de todas as Olimpíadas: produzir um show maior, mais espetacular e mais inesquecível do que o evento de quatro anos antes.

A abertura dos Jogos foi um show multimídia, multicultural e multimusical. O apogeu da festa foi a atleta aborígene Cathy Freeman, campeã mundial nos 400 metros, que acendeu a pira olímpica num show altamente tecnológico.

A atleta andou sobre as águas e acendeu a pira, que em chamas atingiu o alto do Estádio Austrália numa estrutura móvel, alçada pelas arquibancadas por uma rampa metálica. Enquanto a pira subia, a rampa se enchia de água, criando uma cascata no sentido inverso.

E para quem gosta dos megaespetáculos, oito maestros regeram orquestras com um total de 2 mil músicos vindos de 20 países. Doze mil e quinhentos atores, muitos malabaristas e engolidores de fogo desenharam o panorama da alma multicultural australiana, seguido do desfile dos 11 mil atletas de mais de 200 países.

A delegação brasileira, que desfilou com 175 atletas, foi original ao apresentar uma coreografia com os chapéus dos esportistas masculinos. E a porta-bandeira Sandra Pires, campeã no vôlei de praia em Atlanta, em 1996, foi um dos destaques da festa, sendo a primeira mulher da história a carregar a bandeira do Brasil em Jogos Olímpicos.

A guerra fria "derreteu" de vez, quando as duas Coréias desfilaram sob a mesma bandeira, depois de meio século de inimizade e divisão. E os quatro atletas do Timor Leste pisaram pela primeira vez numa arena internacional, desde que o país tornou-se independente da Indonésia, no ano passado. Ficaram faltando os cangurus, que não apareceram na celebração.

L! Sportpress

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