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Velocistas brasileiros vão estagiar nos EUA
Sexta-feira, 15 Setembro de 2000, 18h43

Sydney - O grupo de velocistas orientado pelo técnico Jayme Netto Júnior, em Presidente Prudente, deve fazer um estágio de treinamento no ano que vem nos Estados Unidos. A princípio, a preparação deve ocorrer em Los Angeles no mesmo local em que treinam dois dos melhores atletas do mundo: o norte-americano Maurice Greene, recordista e campeão mundial dos 100 metros rasos, e Ato Boldon, de Trinidad e Tobago, campeão mundial dos 200 metros na Grécia, em 1997, e favorito para esta prova na Olimpíada.

O intercâmbio começou a ser acertado entre o treinador brasileiro e o técnico John Smith, que, além de Greene e Boldon, orienta a campeã mundial Inger Miller, dos 200 metros rasos, há um mês. O estágio inicialmente seria de 30 dias na Universidade da Califórnia-Los Angeles. "O Smith foi muito simpático e disse que receberia os brasileiros com prazer", comenta Jayme. "Claro, que toda a operação implica em custos financeiros, ainda não calculados."

Ato Boldon, aliás, foi uma das atrações do treino desta sexta-feira pela manhã na pista do estádio de aquecimento de Homebush Bay. O velocista, que tem a marca de 19s97 como melhor resultado desta temporada, passou a ser o favorito dos 200 metros rasos depois que Maurice Greene e Michael Johnson não conseguiram classificar-se para os Jogos Olímpicos nas seletivas norte-americanas. Outro especialista da prova, Frankie Frederiks, da Namíbia, passou por uma cirurgia este ano e quase não competiu.

"O Boldon é o grande favorito", garante o brasileiro Claudinei Quirino, vice-campeão mundial da prova no ano passado, em Sevilha. "Ele tem experiência e já provou que tem pernas para vencer." A confiança também é grande na delegação de Trinidad e Tobago.

"Apesar de morar nos Estados Unidos desde os 14 anos, Boldon é um verdadeiro embaixador de nosso país no esporte", comenta o velocista Neil da Silva, especialista nos 400 metros rasos. "Ele está hospedado num hotel, junto com os outros atletas treinados por John Smith, mas faz questão de nos visitar na Vila Olímpica e de treinar conosco." Boldon tentará ganhar a segunda medalha de ouro da história de seu país - o único título olímpico de Trinidad e Tobago é de Hasely Crawford, nos 100 metros rasos, em Montreal, em 1976.

Agência Estado

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