Sydney - A seleção brasileira feminina de basquete abriu as portas de uma brilhante campanha olímpica em Sydney com uma impecável vitória sobre a seleção da Eslováquia, 76 a 60. E o símbolo da superioridade das herdeiras de Paula e Hortência foi a cesta final de Janeth no último segundo de jogo. Ela arremessou para o pouco depois do fim do garrafão de defesa e, para deleite, geral viu a bola cair direto na cesta. "Já tinha feito uma dessas nos jogos abertos do ano passado. É uma bola de sorte, típica do final de jogo," disse ela.
O basquete da seleção brasileira foi sólido e extremamente eficiente desde o quarto minuto de jogo quando time engrenou. A defesa deu show de bola, especialmente nos rebotes. O Brasil pegou 29 rebotes contra 13 das adversárias. O basquete lindo, leve e solto - sem medo de ser feliz - que o técnico Antonio Carlos Barbosa havia prometido antes dos Jogos se materializou na quadra.
"O jogo foi bom como um todo. Elas tentaram fechar as nossas pivôs, especialmente a Alessandra e com isso tivemos liberdade para trabalhar de longe e acertar os arremessos de longa e média distância", disse. Só nos últimos cinco minutos, quando a Eslováquia tentou um "tudo ou nada" com marcação de intensa pressão, as brasileiras hesitaram e cometeram uma sequência maior de erros. "O time deu uma derrapadinha na hora em que elas fizeram pressão mas logo se recuperou," disse Barbosa.
Outra vantagem do Brasil foi ter superado logo o trauma da estréia com uma boa vitória. "Por ser o primeiro Jogo, um melhor resultado é impossível. Começamos meio nervosas mas depois passou. O time mostrou um enorme respeito tático e isso é importante", disse Helen.
A vitória na estréia foi especialmente importante para jogadoras jovens como Cláudia, a armadora do Brasil, que fez a sua primeira participação olímpica. "Foi bom. dei uma respirada agora. Não tive uma boa noite. Fiquei o tempo inteiro pensando no jogo, naquele estilo acorda-dorme. Agora estreei, acabou. Daqui para frente só tende a melhorar", disse ela.