Sydney - O assistente-técnico da seleção feminina de basquete, Paulo Bassul, foi a Adelaide "espionar" mais uma vez o jogo das rivais do Brasil na estréia olímpica da seleção, a Eslováquia, às 21h30 de sexta-feira.
As rivais jogam à moda européia, uma escola de defesa forte e bem posicionada, que valoriza a posse de bola -trabalha bem o ataque e gasta, no mínimo, 20 segundos dos 34 disponíveis para o arremesso da bola à cesta.
Mas o "espião" também tem a arma contra o inimigo. "O Brasil terá de impor o seu ritmo, com um contragolpe rápido", afirma Paulinho. Para isso, dependerá totalmente de suas pivôs, Alessandra e Cíntia Tuiu, para garantir um rebote eficiente e "a ligação" para o contra-ataque. O técnico Antônio Carlos Barbosa acrescenta outros ingredientes à arma.
As inimigas também já aprenderam a traçar estratégias contra o estilo brasileiro de jogar e vão fazer uma marcação forte na tentativa de parar o contra-ataque rápido.
A Eslováquia é um time mudado em relação ao mundial de 1998, baseado em um tripé, formado pelas jogadoras Zuzana Zirkova, Martina Godalyova e Renata Hirakova.
O Brasil vai Ter Helen como lateral e Claudinha na armação, mais a ala Janeth e as pivôs Alessandra e Cíntia.
A ansiedade pela estréia é outra preocupação de Barbosa. Na disputa da fase de classificação, a vitória não só ajuda a colocar o time em uma situação boa, em uma chave que ainda tem Austrália, Senegal, França e Canadá, mas eleva o moral do grupo. "Se não ganhar, também não quero que pensem que isso é o fim do mundo", ressalta Barbosa.
A rodada de estréia ainda terá Polônia x Nova Zelândia, França x Senegal, Canadá x Austrália, Cuba x Rússia e Coréia do Sul x Estados Unidos.