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NOTÍCIAS
 
Guga comemora medalha da natação brasileira
Sábado, 16 Setembro de 2000, 14h56

France Presse
Guga e Xuxa

Sydney - Se Gustavo Kuerten estivesse de férias em Sydney, não faria melhor. Foi acompanhar o sábado da natação e acabou assistindo aquela que já poderá ter sido a prova da Olimpíada: o 4X100 m livre australiano quebrando a hegemonia dos norte-americanos graças ao "motor de Ferrari" de Ian Thorpe, que fechou o revezamento.

Melhor ainda: viu o Brasil conquistar sua primeira medalha em Sydney -a de bronze, chegando atrás das duas superequipes do nado livre. E fez fotos e pulou, e agarrou pela cabeça o xará Gustavo Borges, que já entra para a história do esporte brasileiro com sua quarta medalha olímpica.

Guga parece desencanado do drama Diadora/Olympikus, na "torcida uniformizada do Brasil" com o uniforme do Comitê Olímpico Brasileiro.

Ao contrário de Ian Thorpe, que em meio à emoções de ter batido um extraordinário recorde mundial dos 400 m livre (3min40s59), no pódio ainda tem de raciocinar e esconder a Nike no peito com a bandeira australiana (o "Thorpedo" é da Adidas).

Truque velho. Michael Jordan fez o mesmo ao receber a medalha olímpica do basquete com o Dream Team ainda na Olimpíada de Barcelona 92. A favor da Nike. Para esconder a Reebok do Comitê Olímpico Norte-Americano.

Guga tirou fotos, pediu para tirarem dele. Ajudou no coro comandado pelos nadadores Leonardo Costa e Luiz Lima, além de Fabíola Molina, mais um punhado de atletas e treinadores que ameaçaram fazer um "corredor polonês" com os outros atletas australianos, ao lado da piscina - providência logo "cancelada" pela segurança. Mas também deu autógrafos e fez pose com os fãs canadenses: uma pediu para o namorado fazer foto dela com o tenista brasileiro devidamente agarrado pela cintura.

Não é "qualquer" revezamento que tem na torcida o tenista que está entre os primeiros do mundo. Ou um tetracampeão mundial e olímpico, como Robert Scheidt, velejador da classe Laser. Se valeu para a Austrália a virada sobre os Estados Unidos com comemoração com dentes trincados, valeu muito também para Gustavo Borges, Fernando Scherer, Edvaldo Valério e Carlos Jayme.

Agência Estado

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