Sydney - Uma ajuda para desvendar o mistério sobre Christophe Pognon, o primeiro adversário de Guga na Olimpíada, poderia vir de um outro tenista brasileiro. André Sá enfrentou Pognon num torneio nos Estados Unidos e venceu por duplo 6/1.

O homem que tentará colocar a desconhecida Benin no mapa do tênis completará 23 anos de idade em 11 de outubro, nasceu na cidade de Cotonou, mede 1,76 metro, pesa 67 quilos, é destro e vem defendendo seu país em partidas da zona africana da Copa Davis. Essas são algumas das (poucas) informações disponíveis sobre Pognon no site da Federação Internacional de Tênis (ITF).

Em Sydney, o primeiro adversário de Kuerten nos Jogos Olímpicos é um ilustre desconhecido. Tanto que o técnico Larri Passos pretendia sair procurando nas várias quadras que compõem o Tennis Centre quem será o adversário de Guga na primeira rodada do torneio, terça-feira.

A falta de informações chega a incomodar Guga. "Vou analisar seu estilo de jogo no início da partida", revelou Guga, cauteloso.

O africano entrou no torneio como um dos oito wild cards (convidados). Da lista de 64 participantes da chave de simples, apenas ele e o boliviano Diego Camacho não têm posição no ranking da corrida dos campeões. Por uma falha do sistema de informação da intranet do comitê organizador dos Jogos de Sydney, também não estão disponíveis os perfis de Pognon e de Benin. No site da Associação dos tenistas Profissionais (ATP), Pognon também é um ilustre desconhecido. Ranking, nem pensar.

Informações da ITF dão conta apenas que Pognon vem defendendo Benin em jogos pela zona africana da Copa Davis. Em 99, seu país perdeu o confronto disputado contra a Nigéria, que teve como principal tenista na disputa, Jonathan Igbinova.

O problema maior de Guga não é a falta de informações sobre Pognon, mas os jogos que terá a partir da segunda rodada. No torneio olímpico de tênis, o ganhador da medalha de ouro disputa seis jogos. Passando por Pognon, Kuerten enfrentará ou o alemão Rainer Schuttler (59 do ranking mundial, o de entradas), uma das revelações da temporada, ou o norte-americano Todd Martin (39º).

Passando para a terceira rodada, poderá ter pela frente o espanhol Albert Costa (23º) e, em seguida, o australiano Mark Philippoussis (15º do mundo) ou Yevgeny Kafelnikov (8º). Na semifinal, se os favoritos passarem pelos adversários, o brasileiro teria pela frente o sueco Magnus Norman, número quatro do mundo. Essa seria a reedição da final do Aberto da França desse ano e uma grande chance de revanche para Norman.

Agência Estado