Sydney - O tenista Christophe Pognon, 22 anos, primeiro adversário de Gustavo Kuerten em Sydney, tirou fotos com o brasileiro na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos. Como conhece o jogo do brasileiro, o africano de Benin não se preocupou em ver treinos de Guga. Ele aproveitou que a delegação de seu país perfilou-se próxima à do Brasil para registrar um momento que deverá ser único em sua carreira: a disputa de uma Olimpíada.
Pognon não tem posição definida no ranking mundial. Sem resultados expressivos, ele está fora da lista da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP).
Mesmo com um adversário tão inexpressivo pela frente, Guga tomou seus cuidados. Assistiu a um treino de Pognon, mas não encontrou nada que pudesse assustá-lo, pelo menos em princípio. "Ele saca legal, a direita é boa", disse Guga, sem convencer.
Sua preocupação é com as rodadas seguintes, por isso vem treinando forte em companhia de Jaime Oncins. O astral é o melhor possível entre os brasileiros. "Nossa dupla está muito boa, é a união da juventude com a experiência", brincou, referindo-se aos seus 24 anos de idade e aos 30 de Oncins.
Os treinos vêm sendo disputados na hora do almoço, sob sol escaldante. O piso de cimento torna as quadras ainda mais quentes. O Tennis Centre, complexo onde serão disputadas as partidas, tem uma quadra central, localizada num estádio de formato circular e capacidade para 10 mil espectadores. Há duas quadras intermediárias, com cerca da metade da capacidade de público, sete quadras de jogo e seis de treinos. O complexo fica no parque olímpico, a 14 quilômetros do centro de Sydney.
Os australianos se orgulham de alguns detalhes do estádio. Um deles é que 70% dos assentos, individuais, são cobertos. O sistema de iluminação é integrado à estrutura do teto, o que dispensou a presença de torres de iluminação. O sistema foi projetado pelos mesmos engenheiros que conceberam a quadra central de Wimbledon. O investimento na obra foi de cerca de R$ 40 milhões.