Sydney - A Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) informou oficialmente nesta segunda-feira que o Brasil não corre o risco de perder a medalha de bronze ganha com o revezamento 4x100 m, livre, no primeiro dia de provas da natação por causa do maiô de Edvaldo Valério.
O baiano, que fechou o revezamento, usou um maiô com o símbolo do seu clube, o Baneb, o que é proibido -só é permitido expor a marca do patrocinador de material esportivo, no tamanho especificado, de 16 centímetros.
Segundo a CBDA, o símbolo havia sido coberto com um adesivo que acabou descolando na água.
"O máximo que poderia ocorrer era o Brasil ser advertido, mas o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) não recebeu nenhuma comunicação e, para nós, o assunto não existe", afirmou o chefe de missão, Marcos Vinícius. O técnico Reinaldo Dias observou que os nadadores estão pintando ou colando um adesivo sobre as marcas dos maiôs fast skin, que são oferecidos em vários modelos (macaquinho de corpo inteiro, com ou sem mangas, calça comprida ou bermuda) pelos fabricantes que estão, nesses Jogos de Sydney, fazendo uma verdadeira "guerra" pela preferência "gratuita" dos nadadores na piscina do Centro Aquático. "Eles não estão pagando nada para ninguém e os nadadores estão usando as suas marcas - mesmo cobertas todos sabem do que se trata."
Gustavo Borges, Fernando Scherer, o Xuxa, e Carlos Jayme usaram a calça comprida (com o tecido que imita a pele de tubarão) e Edvaldo usou o macaquinho sem manga.
Mas Edvaldo Valério estava, na verdade, usando um maiô com o símbolo do clube e não da marca. A explicação é que ele estava habituado à peça. "Isso passou desapercebido da organização, não interfere em nada no resultado da medalha", afirmou Reinaldo. Os próprios alemães, que foram quartos colocados, não apresentaram nenhum recurso contra o Brasil. Para o COB e a CBDA o assunto está encerrado.
"O Dennis Pankratov fez bem pior -tirou a touca da Arena de dentro do calção na hora de subir no bloco, colocou e nadou, de forma totalmente irregular, e só foi advertido, nada mais."