Rio - A má campanha da Bolívia nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa de 2002, em que ocupa a penúltima posição, com cinco pontos, está pondo em risco o cargo do técnico Carlos Aragonés. A hipótese de demissão não foi descartada pelo presidente da Federação Boliviana de Futebol (FBF), Wálter Castedo.
"Nesta vida, só a morte de uma pessoa é segura, por isto não posso assegurar que Aragonés continuará à frente da seleção. Tudo pode acontecer", disse o dirigente.
Além dos maus resultados, algumas declarações do treinador não estariam repercutindo muito bem na FBF. Uma prova disto é que a entidade marcou dois amistosos, contra México e Guatemala, antes do confronto contra o Peru, pelas Eliminatórias, o que desagradou Aragonés.
"Estamos pensando na partida mais importante que teremos, contra o Peru. Já sabia do amistoso contra o México, mas fiquei surpreso com o confronto contra a Guatemala, porque não fui consultado por Castedo", lamentou o treinador, ao ser informado por jornalistas bolivianos sobre a nova programação.
O que reduzirá a tensão é o fato de a FBF ter cancelado o amistoso contra a Guatemala, porque na data prevista (dia 29), acontecerá uma partida do Campeonato Norte-Americano, em Los Angeles. Com isto, antes de enfrentar o Peru, dia 8 de outubro, em La Paz, pela nona rodada das Eliminatórias, a seleção boliviana terá somente o confronto contra os mexicanos, dia 27, em San José.
Aragonés adiantou que para o amistoso contra o México não chamará jogadores acima de 25 anos. Neste caso estão as principais estrelas do futebol do país, como Marco Etcheverry, Julio César Baldivieso, Marco Antonio Sandy, Juan Manuel Peña, Luis Héctor Cristaldo, Jose Carlo Fernández e Jaime Moreno.