Indianápolis - A Bridgestone fez hoje em Indianápolis uma séria ameaça às equipes de Fórmula 1. Todas utilizam seu pneu. Se algum piloto for surpreendido com pressão inferior a 23 libras por polegada quadrada nos pneus do lado esquerdo, o time poderá até mesmo não receber mais pneus da fábrica japonesa. Com a alta velocidade dos carros e a forte inclinação das curvas 12 e 13 do circuito, as duas para a direita, as tensões a que esses pneus esquerdos estarão submetidos serão maiores que em outros autódromos. O risco de explosão aumenta bastante.
Normalmente os pilotos usam pressão de 18 libras nesses pneus e por vezes até menos. "A vantagem de adotar menos pressão é maior aderência nas curvas e melhor tração", explica Rubens Barrichello. Há recomendação mínima também para os pneus do lado direito. A pressão mínima exigida pela Bridgestone é de 19 libras. Mika Hakkinen passou por um grande susto no GP da Alemanha do ano passado quando um pneu da sua McLaren explodiu a cerca de 320 km/h. Depois apurou-se que a pressão usada não era a indicada.
A Firestone, marca da Bridgestone, sofreu enorme desgaste nos Estados Unidos recentemente por causa de pneus defeituosos que causaram acidentes. Um novo golpe, agora numa prova de F-1, comprometeria ainda mais a marca no mercado.
Mika Hakkinen lembrou hoje que foi exatamente no último GP dos Estados Unidos, em Phoenix, em 1991, que iniciou sua carreira na F-1.
"Esta corrida aqui em Indianapolis tem um valor sentimental para mim." Sobre a luta pelo título, limitou-se a dizer que os dois pontos a mais que possui na classificação (80 a 78) são, de fato, muito importantes.
"Com o nível de disputa que temos, eles significam muito." Desprestigiou, contudo, a vitória de Schumacher e da Ferrari em Monza. "Eles só foram tão velozes porque não tiramos o máximo na minha McLaren."