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Schumacher aprova circuito de Indianápolis
Quinta-feira, 21 Setembro de 2000, 19h19
Atualizada: Quinta-feira, 21 Setembro de 2000, 19h19

Indianápolis - Ao contrário do que até alguns dos seus próprios colegas esperavam ouvir, o alemão Michael Schumacher, o principal líder da Associação dos Pilotos de Grand Prix (GPDA), aprovou nesta quinta-feira o circuito de Indianapolis. "Dei apenas uma volta, com uma pequena moto, parando em vários pontos, e não vi motivo para tanta preocupação", afirmou o alemão da Ferrari.

Na sexta-feira, ele, segundo colocado no campeonato, e Mika Hakkinen, da McLaren, primeiro, iniciam a disputa da 15ª etapa do Mundial, o GP dos Estados Unidos, de volta ao calendário da F-1 depois de nove anos.

Nem mesmo a previsão categórica da meteorologia norte-americana indicando chuva para sábado e domingo assustou Michael Schumacher e Jacques Villeneuve. As duas últimas curvas do traçado do circuito da F-1 utilizam-se de parte do oval usado pela Fórmula Indy de 1911 até 1995. "Os norte-americanos irão ver pela primeira vez uma corrida realizada sob chuva numa pista em parte oval, acho que irão adorar", prevê Villeneuve, que venceu as 500 Milhas de Indianapolis em 1995, quando também foi campeão da Indy.

Schumacher engrossou o coro: "Nós corremos com chuva em Spa, onde existe a Eau Rouge, não vejo muita diferença com essa pista molhada." O muro ao lado do asfalto, que parecia poder assustar muitos pilotos, ao menos hoje não gerou nenhuma tensão maior. "Acho que temos de começar a andar no circuito, só depois poderemos realmente verificar se será perigoso, mas desde já não acredito nisso", opinou Schumacher.

O piloto da Ferrari deu a entender sentir-se até ofendido com o comportamento das pessoas a respeito de seu choro convulsivo depois do GP da Itália. "Houve até quem afirmasse que foi tudo encenação." Aquela reação teve uma causa: "É difícil para vocês entenderem o que é estar no pódio em Monza, com toda aquela gente em baixo, eufórica", começou a explicar. "Logo depois me perguntaram de Senna, que eu o havia igualado em número de vitórias (41)", disse. "Esse confronto de sensações, entre a festa do pódio e as recordações do que ocorreu em Ímola, em 1994, foram demais para mim e chorei, só isso." Foram necessários dez anos para uma cena dessas. "Talvez aconteça de novo daqui a dez anos", declarou o alemão.

Agência Estado


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