Porto Alegre - Em jogo que deveria ter sido o da estréia de Warley, o futuro reserva do atacante contratado à Udinese foi o herói: Paulo Nunes teve enfim uma boa atuação, marcou o seu segundo gol no ano e ajudou o Grêmio a construir o triunfo por 1 a 0 sobre o Vitória.
A condição de jogo de Warley não veio e Paulo Nunes aproveitou bem a nova chance. Com Zinho, Gavião e Fábio Baiano, foi um dos melhores do time.
A partida foi disputada sob chuva o tempo todo. Em seu primeiro ataque, aos 5, o Vitória assustou: Juninho Petrolina cruzou da direita, rasteiro, e Marinho cortou quando Bebeto ia concluir. Os baianos se defendiam com competência, encolhendo-se e deixando apenas Bebeto na frente quando o Grêmio ia ao ataque.
Esse posicionamento reduziu a fluência do jogo do Grêmio, que só conseguiu uma boa chance aos 19, quando Zinho cruzou da esquerda e Fábio Baiano subiu mais do que a zaga e cabeceou para o chão, obrigando Paulo Musse a fazer grande defesa. Da parte do Vitória, os lances não tinham maior conseqüência porque Bebeto jogava praticamente parado, permitindo a antecipação da zaga tricolor.
Com isso, o domínio do Grêmio ia aumentando. Raramente a bola saía do campo baiano. Até que, aos 33 minutos veio o gol: Zinho avançou a dribles pelo meio e, quando chegou à meia-lua, tocou para Paulo Nunes pela meia direita; o atacante ajeitou e colocou de pé direito no canto esquerdo, por baixo do goleiro.
O gol acomodou os gremistas, que deram espaço ao VItória. Depois de alguns bons arremates de fora da área, a equipe baiana criou uma real chance de marcar aos 41: aproveitando levantamento da direita, Moisés ganhou de Marinho na cabeça e obrigou Danrlei a espalmar para escanteio.
O segundo tempo começou com Sinval no lugar de Sandoval e com o time baiano naturalmente mais ofensivo - e concluindo de todas as distâncias. Em cinco minutos, criou três boas chances - com Sinval, Juninho Petrolina e o zagueiro Marinho quase marcando contra.
No banco, o técnico Celso Roth se desesperava e pedia para o time subir. Foi atendido. Aos 7, Rodrigo Mendes, livre, chutou forte, de dentro da grande área, mas uma poça d´água tirou a força da bola, facilitando a rebatida da zaga.
Aos 16, Danrlei fez grande defesa, evitando o empate num lance em que Sinval entrou livre pela meia esquerda e chutou forte no canto direito. O goleiro espalmou para escanteio.
A essa altura, só restavam os contra-ataques ao Grêmio. Cada vez mais alagado, o gramado prejudicava mais o Vitória, que tentava entrar na área gremista com tabelas.
Celso Roth tratou de segurar o placar: chamou o cabeça-de-área Eduardo Costa e, aos 23 da segunda etapa, colocou-o no lugar de Paulo Nunes, que sentia uma contusão sofrida depois de uma falta por trás de Sinval.
O que se disputava, a partir dos 30 minutos, era uma espécie de futebol aquático. Realista, o treinador tricolor substituiu outro jogador técnico por um trombador - Rodrigo Mendes por Adão. Aos 40, Fernando bateu falta, provocando grande confusão no alagado em frente ao gol do Grêmio, mas o goleiro do Tricolor acabou por segurar firme. Foi o último lance digno de registro.
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Grêmio
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Vitória
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1
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0
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Ficha
Técnica
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Local |
Olímpico |
Público |
4.163 |
Renda |
R$
5.826 |
Cartão
amarelo |
Rodrigo
Mendes (Grêmio), Moisés, Sinval e Bebeto (Vitória) |
Cartão
vermelho |
Nenhum |
Gols |
Paulo
Nunes, aos 33 |
Juiz |
Edílson
Pereira de Carvalho (SP) |
Grêmio |
Danrlei,
Anderson Lima, Marinho, Nenê e Patrício (Alex Xavier 89'); Anderson
Polga, Gavião, Fábio Baiano e Zinho; Paulo Nunes (Eduardo Costa 68')
e Rodrigo Mendes (Adão 76'). Técnico: Celso Roth |
Vitória |
Paulo
Musse, Moura, Moisés, Marcos e Leandro; Tácio (Leílson 76'), Claiton,
Allann Delon (Fernando 80') e Sandoval (Sinval 46'); Juninho Petrolina
e Bebeto. Técnico: Ricardo Gomes |
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