Porto Alegre - A Copa João Havelange, o nome oficial do Campeonato Nacional, já está na metade, e os clubes começam agora a conciliar os exaustivos treinamentos com os cálculos e projeções dos pontos necessários para se classificar à segunda fase da competição.
O Inter trabalha com uma previsão de 36 pontos ao fim dos próximos 12 jogos para chegar entre os 12 primeiros. O Grêmio quer ter no mínimo 35 ou 36 pontos depois dos 13 jogos que restam. Seja qual for a projeção, os dois clubes concordam que, de agora em diante, a continuidade no campeonato depende principalmente de não perder pontos bobos, especialmente atuando em casa.
"Não tem outro jeito. Quem não fizer 36 pontos, não se classifica", diz Celso Roth.
O técnico do Grêmio tenta esconder, mas preocupa-lhe uma perigosa série de partidas a serem disputadas fora do Estádio Olímpico. Antes de enfrentar o Vitória, neste sábado, o Grêmio tinha 12 pontos, em 18º lugar.
O vice de futebol, Antônio Vicente Martins, faz um iscurso um pouco mais ameno. Acredita que 35 pontos bastarão para garantir a vaga. Mas confia que o time vai passar desse número.
O treinador do Inter, Zé Mário, trabalha com expectativa semelhante para os 12 jogos que restam. A sua equipe, antes de enfrentar o América, neste sábado, somava 15 pontos, em 15º lugar.
"Sabemos que são necessários 36 pontos para a classificação e que precisamos melhorar o desempenho. Precisamos ganhar", disse o técnico, que ainda não venceu atuando no Beira-Rio.
As projeções dos dois clubes estão afinadas com as dos especialistas. Um estudo realizado pela empresa Victory Sport Marketing estima que, pelo índice de aproveitamento atual e mantendo-se as tendências apresentadas até aqui no campeonato, o 12º classificado terá 35 pontos, e o líder da tabela chegará ao final do campeonato com 46 pontos.
"Pode ser que com o andamento do campeonato, se os times não apresentarem o mesmo desempenho que vêm mostrando até agora, essa projeção diminua ", diz o diretor da Victory Sport Marketing, Fernando Trein.