Sydney - A vitória olímpica de Cathy Freeman, nos 400 metros na segunda-feira, acabou com um jejum de 12 anos dos australianos e a consagrou como a queridinha do esporte no país. "Estou muito orgulhosa da maneira que levei a corrida, ficando na frente de todo mundo. Esse é meu sonho desde que eu era uma garotinha", disse a aborígene, de 27 anos. "Isso fez muita gente feliz, especialmente minha família. Foi o maior sorriso que vi em meus irmãos e eles nem tinham bebido."
Imbatível na categoria nos últimos dois anos, Freeman se transformou na grande favorita da prova depois que sua maior rival, a campeã olímpica de 1996, Marie-Jose Perec, desistiu de participar dos Jogos, alegando que foi fortemente pressionada pela imprensa australiana.
Perec deixou Freeman para trás em Atlanta nos 200 e nos 400 metros, além de bater o recorde no revezamento 4 x 400 metros. Eleita como a mulher do ano e atleta do ano, Freeman luta pelos pelos direitos dos aborígenes.
A Austrália não ganhava o ouro no atletismo desde que Debbie Flintoff-King venceu os 400 metros com barreiras em Seul, em 1988.