Sydney - O Brasil continua sem medalha de ouro na Olimpíada de Sydney, passados dez dias de competições.
Com isso, a previsão de superar as 15 medalhas de Atlanta 96 (3 ouros, 3 pratas e 9 bronzes) fica cada vez mais distante.
Mais uma vez, chegou perto, entre a noite deste domingo e a manhã desta segunda-feira, mas Adriana Behar e Shelda tiveram de se contentar com a prata no vôlei de praia.
Maior esperança de primeiro lugar no pódio olímpico para o país, a dupla perdeu por 2 a 0 para as australianas Natalie Cook e Kerri Pottharst na final da competição.
As brasileiras chegaram a estar vencendo os dois sets por boa diferença, mas permitiram a reação das adversárias,que jogavam com o apoio da torcida. A incredulidade e o inconformismo com o resultado foi retratado com o choro incessante das duas, que pediram desculpas pela derrota.
A esperança agora está com a dupla Zé Marco e Ricardo, que na madrugada desta terça-feira faz a final do torneio masculino.
Se não conseguiu repetir em qualidade o feito de Atlanta, quando ficou com o ouro e a prata, o vôlei de praia feminino do Brasil pelo menos alcançou em número a campanha de 1996. Adriana e Sandra conquistaram o bronze com uma vitória sobre as japonesas Takahashi e Saiki por 2 sets a 0. É o segundo pódio olímpico consecutivo das duas. Há quatro anos, em Atlanta, Sandra foi ouro, com Jacqueline, e Adriana ficou com a medalha de prata, jogando com Mônica.
Outra esperança de medalha brasileira eliminada no décimo dia foi Gustavo Kuerten. O tenista número um da Corrida dos Campeões perdeu para o russo Yevgeny Kafelnikov, por 2 sets a 0, pelas quartas-de-final. Apesar da derrota, Kuerten avaliou como positiva a sua participação, sobretudo pela convivência com outros atletas. Guga gostou tanto do clima olímpico que ainda fica mais uns dias em Sydney antes de seguir para o próximo torneio, em Hong Kong.
Mas o Brasil ainda pode comemorar alguns bons resultados no décimo dia de competições. No vôlei masculino, a seleção brasileira encerrou a participação na primeira fase com uma vitória por 3 sets a 0 sobre Cuba. O resultado garantiu a invencibilidade e o primeiro lugar do grupo ao Brasil.
Nas provas de iatismo, o destaque foi Torben Grael e Marcelo Ferreira, que venceram a terceira regata e ficaram em segundo lugar na quarta regata da classe Star. Com os resultados, ocupam o segundo lugar na classificação geral. Na classe Finn, Christoph Bergmann ficou em terceiro na terceira regata e em 21º na quarta e ocupa a nona colocação geral; Alexandre Paradeda e André Fonseca estão em 26º na 470, depois de dois 22º lugares na nona e décima regatas. Também na 470, Maria Krahe e Fernanda Oliveira foram desclassificadas na nona regata, ficaram em 18º na décima e estão em 18º na classificação geral.
O atletismo foi outra modalidade na qual os brasileiros competiram no décimo dia. O principal resultado foi o quarto lugar de Sanderlei Parrela na final dos 400 metros, prova vencida pelo norte-americano Michael Johnsson. Parrela disse ter ficado muito satisfeito, já que estava fora das competições por causa de uma suspensão por doping, anulada já com o atleta em Sydney.
Eroníldes Araújo também teve um bom desempenho na semifinal dos 400 metros com barreiras e se classificou para a decisão da prova. Os demais brasileiros que competiram no atletismo não tiveram sorte. Hudson de Souza foi eliminado nos 1.500 metros, Osmar dos Santos na semifinal dos 800 e Nelson Ferreira não passou da eliminatória do salto em distância.
O décimo dia teve também participação brasileira nas provas de saltos do hipismo, nas quais também são grandes as esperanças de medalha. Mas os resultados não foram os esperados. O melhor foi Luiz Felipe Azevedo, com a nona colocação. O favorito Rodrigo Pessoa foi o 11º, André Joahanpetter, 13º, e Álvaro Miranda Neto apenas 66º.
No nado sincronizado, que pela primeira vez conta com participação brasileira, as gêmeas Carolina e Isabela de Moraes obtiveram a 12ª. colocação e se classificaram para a final do dueto. Cassiu Duran ficou em 14º lugar de sua eliminatória e se classificou para a semifinal no trampolim de três metros dos saltos ornamentais. A equipe feminina de Handebol do Brasil perdeu por 26 a 39 para a Dinamarca.
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