Rio - Se o técnico da seleção venezuelana, o argentino José Omar Pastoriza, pensava no nome do atacante Félix Hernández para enfrentar o Brasil, ele mudou de idéia depois das declarações do jogador.
O atacante afirmou que caso seja convocado para a partida do dia 8 de outubro, em Maracaibo, pela nona rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa de 2002, não aceitará.
"Já são muitas goleadas e não quero passar mais vergonha", disse Hernandez, de 27 anos, no fim-de-semana.
O jogador, que já passou por Italchacao, da Venezuela, e Celaya, do México, antes de chegar ao futebol uruguaio, acredita que a seleção de seu país está desacreditada.
"Me apresento como venezuelano e ninguém confia no meu futebol. Quero me tornar jogador comunitário para atuar na Europa, sem ocupar uma vaga de estrangeiro. Espero que algum empresário me ajude", disse.
Nestas Eliminatórias, a Venezuela mostrou um tímido progresso, ao evitar goleadas e derrotar a Bolívia. No momento, a equipe é a lanterna, com apenas três pontos, longe do objetivo de Pastoriza, que era terminar o turno com dez.