Sydney - Os Jogos de Sydney ficarão para sempre gravados na memória de Juan Antonio Samaranch: a morte de sua esposa um dia depois da cerimônia de abertura e sua aposentadoria como dirigente esportivo farão com que recorde destas Olimpíadas com "tristeza e ao mesmo tempo satisfação".
"São dez Jogos Olímpicos, cinco de verão e cinco de inverno, como presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI). Me retiro e sei que pessoalmente Sydney terá sempre um lugar especial em minha memória", disse Samaranch, nesta terça-feira, em encontro com jornalistas.
O dirigente diz partir com a satisfação de ter mudado a face do esporte internacional e de passar ao seu sucessor o testemunho de um COI mais forte e transparente.
"A prova disso é Sydney, onde se realizam Jogos excepcionais segundo os dois critérios que utilizo para valorizar o êxito das Olimpíadas: a excelente organização e a brilhante participação da equipe local, que já conseguiu 43 medalhas", explicou o dirigente espanhol.
A satisfação de Samaranch se deve também ao avanço da luta anti-doping dos últimos anos e ao endurecimento dos controles realizados nos atletas durante estes Jogos Olímpicos.
"Não creio que a guerra contra o doping seja uma guerra perdida. Muitas batalhas já se ganharam, embora também seja certo que avançamos e também o fizeram os que fabricam drogas novas", diz o presidente do COI.