BH - O técnico do Cruzeiro, Luiz Felipe Scolari, garantiu nesta terça-feira à tarde, em Belo Horizonte, que não recebeu nenhum convite da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para comandar a seleção brasileira em substituição a Wanderley Luxemburgo. Scolari desembarcou na cidade às 13h -vindo de Porto Alegre, onde acompanhou o enterro de um familiar do ex-presidente do Grêmio, Luiz Carlos Martins- e comandou treino do Cruzeiro visando ao jogo de quinta-feira, contra o Universidad Catolica, do Chile, pela Mercosul.
"Não vou falar sobre o que não existe", disse Scolari, para quem nem sequer a demissão de Luxemburgo é uma realidade. Segundo ele, o técnico assumiu a seleção há dois anos, com um projeto até a Copa de 2002, e tem feito bom papel - conquistou a Copa América e o Pré-Olímpico e só não teve sucesso em Sydney.
Nos últimos dias, Scolari disse várias vezes que não consideraria a possibilidade de deixar o Cruzeiro. A alegação foi sempre a mesma: a de que no início da atual temporada assinou com o clube um contrato de 30 meses, o qual pretende cumprir até o fim. "Caso não aconteça de o Wanderley continuar na seleção, é um problema da CBF; não é um problema nem meu nem do Cruzeiro."
Ao justificar sua opção de não deixar o time mineiro, Scolari citou o excelente ambiente profissional e pessoal que encontrou em Belo Horizonte. O treinador também foi questionado sobre as pesquisas que o vêm indicando como preferido dos torcedores. "Podem citar meu nome em qualquer pesquisa, mas primeiro têm de perguntar: ‘o Luiz Felipe gostaria de sair de Belo Horizonte?’", disse. "Eu respondo: ‘não’."E concluiu. "Dizendo isso, digo tudo."