Rio - Wanderley Luxemburgo está garantido no cargo de técnico da seleção brasileira até o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, voltar ao Brasil, o que deve ocorrer no sábado.
A informação é do secretário-geral da CBF, Marco Antônio Teixeira, que retornou da Austrália junto com a delegação brasileira. "Até lá, o Wanderley continua trabalhando", garantiu Marco Antônio.
A assessoria da CBF negou oficialmente que o treinador do Cruzeiro, Luís Felipe Scolari, tenha sido convidado para dirigir a seleção. "Só quem fala sobre o cargo de treinador é o presidente", acrescentou o secretário-geral, informando que Ricardo embarca para o Brasil nesta quarta-feira, em Sydney, depois de assistir à disputa do bronze no futebol feminino, entre Brasil e Alemanha e, e participa de um congresso da Fifa para analisar o desempenho dos juízes na Olimpíada.
Embora ainda não confirmada, a saída do treinador deve ser anunciada pelo presidente da CBF ainda esta semana. Isto porque na segunda-feira está marcada a convocação dos jogadores que atuam no Brasil para o jogo do dia 8, contra a Venezuela, pelas Eliminatórias. A apresentação dos jogadores está marcada para o dia seguinte e, na sexta-feira, eles devem viajar para Maracaibo.
Não está definido quem vai dirigir o time neste jogo.
Ao acertar a saída de Luxemburgo, Ricardo Teixeira também deve divulgar o nome do novo treinador. Scolari é o mais cotado, mas o técnico do Atlético-MG, Carlos Alberto Parreira, ainda pode ser o escolhido, embora negue.
A possibilidade de Luxemburgo pedir demissão está descartada porque, assim, ele teria de abrir mão da multa rescisória prevista em contrato. A CBF terá de pagar R$ 3 milhões ao treinador se mandá-lo embora.
Ainda não está definido se todos os integrantes da comissão técnica, inclusive Candinho, vão deixar a seleção junto com Luxemburgo.
Com o rosto abatido, o coordenador-técnico Marcos Moura não quis comentar o assunto. Sobrinho de Ricardo Teixeira, ele tem o cargo garantido. Entre os outros membros da comissão, existem diferentes posturas em relação ao treinador da seleção.
O preparador físico Antônio Mello garantiu que não fica sem Luxemburgo. "Não seria uma posição correta da minha parte; seria antiético", explicou. Para o médico José Luís Runco, a sua permanência não está vinculada à do treinador. "É uma decisão da diretoria", observou. O preparador de goleiros Paulo César Gusmão também se solidarizou ao técnico.