Sydney - Um bombardeiro F-111 vai lançar uma densa cortina de chamas sobre o estádio Olímpico na noite de domingo (madrugada de domingo no Brasil), para dar início a um impressionante show de fogos de artifício no encerramento dos Jogos de Olímpicos de Sydney.
``É absolutamente espetacular'', disse Ignatius Jones, diretor artístico do que é cotado como um dos maiores shows de fogos de artifício do planeta.
O F-111 da Força Aérea australiana voará a 300 metros de altitude sobre o Estádio Austrália no final da cerimônia de encerramento.
``Ele lançará a maior parte de seu combustível e o acenderá com seu jato'', disse Jones. ``A coluna pega fogo muito rápido e forma essa chama de 300 metros'', declarou.
Cartuchos acesos explodirão então, como lâmpadas gigantes, em 24 pontos ao longo do rio Parramatta, do estádio até o centro de Sydney, onde outro F-111 fará uma segunda operação de descarga de chamas sobre a famosa Ponte do Porto.
``Será bem diferente do rio em fogo no Tâmisa, e vai funcionar''.
Ele se referia ao ambicioso show de fogos na véspera de Ano Novo que decepcionou Londres, sendo superado largamente pela impressionante pirotecnia feita em Sydney para saudar a virada do ano.
Jones, que planejou a apresentação, disse que a apoteose olímpica será bem maior, com a Habour Bridge atravessada por fogos, que também serão lançados de quatro balsas gigantes, 10 barcos menores e de coberturas de sete edifícios.
``No final do show lançaremos dois cartuchos de 60 centímetros, quase os maiores que existem'', disse Jones. ``Os maiores são de 90 centímetros, mas na verdade eles iriam ofuscar as pirotecnias''.
O show de 23 minutos, que consumirá 1,7 milhão de dólares, incluirá também explosões coloridas em 41 locais espalhados em mais de 16 quilômetros.
``Geograficamente será o maior efeito pirotécnico da história'', disse Jones.
A apresentação será vista por milhões das pessoas que estarão fazendo a festa em Sydney e por bilhões em todo o mundo, através da TV.
Jones, que promove os shows do Ano Novo (em Sydney) desde 1996, disse que apenas ventos de mais de 35 nós no porto de Sydney poderiam causar problemas na noite do encerramento.