São Paulo - A demissão da atual comissão técnica da seleção, menos do coordenador Marcos Moura Teixeira, deve mesmo ser anunciada segunda-feira, na entrevista coletiva de Ricardo Teixeira, presidente da CBF. Wanderley Luxemburgo e os outros integrantes da comissão, no entanto, ficariam em seus postos até o final do jogo com a Venezuela, dia 8, em Maracaibo, pelas Eliminatórias Sul-Americanas para o Mundial.
Esta seria a alternativa encontrada no momento, haja vista a dificuldade que a entidade encontra para arrumar um substituto para o treinador.
Quem admite a hipótese é Candinho, auxiliar-técnico de Luxemburgo. Os dois, Wanderley e Candinho, almoçaram juntos nesta quinta-feira em São Paulo. Às 19h15, Candinho falou, pelo telefone, com a Agência Estado. "Se o Ricardo Teixeira nos demitir, mas pedir para nós dirigirmos a seleção na partida com a Venezuela, vamos dirigir. Não vamos deixar o barco à deriva", afirmou Candinho, aparentando tranquilidade.
Candinho disse que nem ele e nem Wanderley Luxemburgo receberam qualquer informação nos últimos dias quanto ao futuro dos dois e do resto da comissão técnica na seleção brasileira. Estamos tão perdidos quanto vocês da imprensa", brincou. "O que sabemos é o que sai na imprensa. Estamos nas mãos do Ricardo Teixeira. Ele é o patrão. Na segunda-feira estaremos na sede da CBF. Se o Ricardo resolver dar a mala para nós a gente vai embora", avisou, rindo.
Candinho garantiu também que, ao contrário do que foi noticiado no Rio, a decisão de cortar o lateral-esquerdo Júnior - com estresse muscular -, não foi tomada apenas pelo coordenador Marcos Moura Teixeira. "O Parma (atual clube do lateral) comunicou a CBF e o Marquinhos (Marcos Moura) nos comunicou. Tudo está sendo feito com a nossa autorização", avisa Candinho.
Em meio às indefinições quanto ao seu futuro, uma coisa é certa para Candinho. Caso seja mesmo demitido pela CBF não volta para a Portuguesa. Quarta-feira, após a derrota da Lusa por 3 a 2 para o Guarani, no Canindé, os torcedores pediram a volta dele. O treinador avisa que não pretende retornar ao Canindé. "Sei que o meu nome ficou marcado na Portuguesa, assim como Telê Santana deixou saudades no São Paulo e o Wanderley Luxemburgo é lembrado pelos corintianos. Mas o que eu tinha de fazer na Lusa eu já fiz", garante.