O técnico Wanderley Luxemburgo não deve ficar nem um pouco surpreso na
próxima segunda-feira, data marcada pelo carrasco Ricardo Teixeira para
acionar a guilhotina da CBF, cortar a cabeça do falso brilhante e anunciar o
novo técnico da seleção, Luiz Felipe Scolari ou Carlos Alberto Parreira - há
quem garanta que os dois poderão até trabalhar juntos, com Felipão no campo
e Parreira na coordenação.
Luxemburgo tomou conhecimento no próprio avião que trouxe a delegação de
volta da Austrália que dificilmente deixaria de levar um bico do dirigente.
O tratamento dispensado ao treinador foi bem diferente de quando voou para a
terra do canguru certo de que o projeto ouro olímpico seria coroado de
êxito.
O técnico viajou na primeira classe, com direito a uma série de mordomias -
de pijama especial a um belo champanhe francês. No retorno ao país, com um
dos maiores vexames da história do futebol brasileiro na bagagem e a medalha
de latão no pescoço, Luxemburgo teve de encarar a classe turística como
todos os mortais.
As línguas mais ferinas dizem que a aeromoça, também irritada com o
comportamento da equipe, até substituiu o champanhe por Cynar, sem direito a
uma água para tirar o gosto amargo da bebida.
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