Sydney - O prefeito da Vila Olímpica, Graham Richardson, afirmou nesta sexta-feira que “a Vila Olímpica não é um antro de sexo, com festas até altas horas da noite”. A declaração do prefeito foi motivada pela maneira como foi explorada a notícia de que o estoque de 80 mil camisinhas colocado à disposição na Vila se esgotou antes do fim dos jogos, sendo necessário uma cota suplementar de 20 mil preservativos.
“Suspeito que tenham feito estoque e não uso imediato”, disse Richardson, sobre o fim da cota inicial de preservativos. “Não sei porque isso fascina tanto as pessoas”, reclamou o prefeito. “Se os atletas estão fazendo algo, fazem com discrição”, continuou. Sobre as supostas festas, Richardson disse que as notícias são exageradas. “Não há evidência disso”, disse. “Nossa primeira festa real será na noite de encerramento”, declarou.
Outra manifestação do prefeito da Vila foi sobre o grande número de seringas usadas encontradas nas casas de pelo menos 20 delegações. Richardson disse que isso não evidencia o consumo de drogas, mas que é uma ameaça à saúde do pessoal de limpeza. O prefeito da Vila não quis relacionar o nome dos países cujas delegações deixaram seringas espalhadas, exceto o da Bulgária.
“Eles têm o recorde de agulhas e seringas jogadas, muito à frente dos demais, e por isso deixamos de arrumar seus alojamentos nos últimos dias”, disse. Richardson contou que pelo menos quatro atletas foram enviados de volta aos seus países pelos próprios dirigentes por causa desse problema.
Sobre as especulações de doping, o prefeito da Vila afirmou que não é seu dever verificar se as seringas foram usadas para injetar substâncias proibidas. “Não somos a polícia de drogas. Existem protocolos sobre a maneira de fazer as coisas e nunca se sugeriu ao nosso pessoal de limpeza que se inspecionasse as habitações olímpicas”.