Sydney - O Brasil garantiu uma vaga na final olímpica do revezamento 4 x 100, prevista para a noite deste sábado, em Sydney, mas o desempenho da equipe não agradou aos atletas. Mesmo baixando o tempo (38s32 na primeira eliminatória e 38s27 na semifinal), o quarteto brasileiro acha que cometeu erros nas passagens do bastão.
"Podia ter sido melhor. Nós erramos nas passagens e precisamos acertar isso", alertou Claudinei Quirino, responsável pelo fechamento da prova, que teve o time considerado titular: Vicente Lenílson, Edson Luciano Ribeiro, André Domingos e Claudinei Quirino.
Na eliminatória da manhã, Quirino não correu e foi substituído por Claudio Roberto de Souza. Cuba venceu a série onde estavam os brasileiros, com o tempo de 38s16. Na classificação geral, o Brasil ficou em terceiro, atrás de Estados Unidos (37s82) e de Cuba. "Agora nós vamos sentar, nós quatro, mais o Jayme (o treinador Jayme Netto Jr); ver o vídeo e tentar identificar onde erramos e onde teremos de evoluir", disse Edson Luciano. Segundo ele, a única coisa que se pode fazer agora, é rever a corrida na TV e tentar corrigir os problemas na base da conversa. Nada de treino. "Agora não é hora mais de treinar. Esse tipo de remédio pode matar o doente", comparou ele.
Luciano diz que houve problemas de sincronia. "Na passagem do Vicente para mim, por exemplo, eu estendi a mão sem que ele tivesse gritado que estava pronto. Com isso você perde um tempo que pode ser decisivo. E pelo que eu senti, isso aconteceu com todo mundo. É isso que a gente precisa acertar", disse.
Apesar dos erros, ele se mostrou otimista. "Imagine. Com esses erros e a gente ainda fez 38s27. Se desse tudo certo, certamente ganharia de Cuba. Aliás, nós somos melhores que Cuba", disse. "Amanhã (sábado, em Sydney), vamos partir com tudo. Vamos partir pra uma loucura aqui. Vamos embora pra cima deles, sem juízo", disse Claudinei Quirino. "Sem juízo, mas com consciência", ressaltou o velocista.
André Domingos admite que houve erros, mas acredita que tenha sido conseqüência da ansiedade. "A gente ainda estava ansioso. Acho que era a necessidade de garantir uma vaga na final. Agora que já estamos, tudo deve melhorar, porque chances de chegar bem a gente tem", garante ele. "Com certeza, nós somos melhores que Cuba", reafirmou. Além de Brasil, Estados Unidos e Cuba, estão classificados para a final as equipes da Jamaica, França, Japão, Polônia e Itália.