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Estados Unidos divulgam 33 casos de doping
Sábado, 30 Setembro de 2000, 06h19

Sydney - Trinta e três esportistas do atletismo dos Estados Unidos tiveram testes de doping positivos no ano passado, segundo números do Comitê Olímpico Norte-Americano divulgados no sábado.

Cinco casos envolveram esteróides anabolizantes, 26 estimulantes e dois, outras substâncias.

Os números mostram que foram realizados 923 testes, sendo 769 durante competições e 154 fora de torneios.

Em todos os esportes, foram realizados 4.962 testes, com 22 casos positivos de anabolizantes.

Não há registro sobre os nomes dos atletas envolvidos ou sobre as medidas tomadas pelas federações.

O chefe da federação de atletismo (USA Track and Field -USATF), Craig Masback, vinha sendo pressionado nas duas últimas semanas para divulgar os nomes dos 15 esportistas que tiveram resultados positivos não revelados, segundo a Federação Internacional de Atletismo (Iaaf).

A Casa Branca e o Comitê Olímpico Internacional também exigiram a liberação destes nomes.

Na quarta-feira, Masback disse aos repórteres que não divulgaria a lista até que as medidas corretas fossem tomadas. Mas, sob pressão, anunciou na sexta-feira a formação de uma comissão independente para rever os procedimentos da USATF em relação aos casos de doping.

Em entrevista coletiva concedida no sábado, Masback disse que a comissão estudará todos os casos desde o dia 1 de janeiro de 1999.

Masback disse ter debatido informalmente com Dick Pound, vice-presidente do COI, a proposta de repassar o controle dos testes para a Agência Mundial Antidoping.

Ele disse que Pound sugeriu, durante a conversa de sexta-feira, que a WADA faça os testes em conjunto com a Agência Antidoping dos Estados Unidos.

Masback recusou-se a comentar o caso de doping do campeão mundial de arremesso de peso, C.J. Hunter, marido de Marion Jones.

Hunter teve quatro testes de nandrolona positivos neste ano. Masback afirmou não ter conhecimento de quantos casos ainda estão sem solução.

Segundo ele, metade deles envolve medicações contra asma, quatro são de incompatibilidade de amostras de urina e o restante, de remédios contra gripe.



Reuters

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