Alessandra Ferezin, 24 anos, uma das atletas da ginástica rítmica desportiva
(GRD), tinha razões de sobra para desabar em prantos depois de a equipe
terminar na oitava e última colocação na final olímpica. Primeiro por estar
revoltado com as notas dos juízes; segundo por voltar para casa sem cumprir
uma promessa que fez à filha Larissa, de 5 anos.
Antes do embarque para Sydney, a menina disse à mãe que não queria de
presente nem a 'Barbie Olímpica' nem um coala de pelúcia. Muito menos um
canguru. Ela simplesmente pediu uma medalha de ouro, como no Pan de
Winnipeg. "Ela só me liberou nessa condição. O pior é que o irmão, Evandro,
que tem 4 anos, ouviu e exigiu uma de prata", contou Alessandra, que está no
último ano do curso de Educação Física da Universidade Norte do Paraná.
A atleta tem certeza de que esteve muito perto de poder realizar pelo menos
parte do sonho da filha, colocando na bagagem uma medalha de bronze. "Foi
uma vergonha o que os juízes fizeram com a gente. Nossas apresentações foram
perfeitas. Jogamos a vida em cinco minutos. As vaias da torcida foram a
melhor resposta aos juízes", desabafou Alessandra.
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