Rio - Nem mesmo um terremoto foi capaz de deter o alemão
Michael Schumacher, da Ferrari. Ele dominou amplamante as duas sessões de
treinos livres desta sexta-feira para o GP do Japão, penúltima prova da
temporada 2000 da Fórmula 1. O líder do campeonato fez sua melhor volta em
1min37s728, baixando em 0s746 o tempo conseguido na primeira sessão de
treinos-livres.
O tremor de terra foi sentido quando faltava meia hora para o término da
segunda sessão, por volta das 13h30min(1h30min de Brasília), e atingiu a
província de Tottori, a 10Km da costa japonesa e a 400 Km do autódromo,
tendo como epicentro o Mar do Japão.
Segundo as autoridades do país, a intensidade foi de 7,1 graus na escala
Richter. Em Suzuka, o terremoto teve intensidade de três graus. Não há
notícias de vítimas. Os pilotos que estavam na pista nada sentiram. Apenas
as pessoas que estavam em outras áreas do circuito - principalmente as mais
altas - notaram o fenômeno.
Na pista, foi Schumacher quem fez tremer os torcedores da Ferrari, que esperam
ansiosamente pelo fim de um jejum de 21 anos sem um título mundial de
pilotos - o último foi do sul-africano Jody Scheckter, em 1979. O alemão
deu as cartas e mostrou que a McLaren terá que trabalhar muito se quiser
levar a decisão para Sepang, na Malásia.
O vice-líder do campeonato, o finlandês Mika Hakkinen, fez o segundo melhor
tempo do dia, marcando 1min38s339. Hakkinen está a oito pontos de Schumacher
na classificação. Seu companheiro, o esocês David Coulthard, foi apenas o
quarto, com o tempo de 1min39s010. Ele ficou atrás do brasileiro Rubens
Barrichello, da Ferrari, que marcou 1min38s537. Na primeira sessão de
treinos-livres, Barrichelo perdeu o controle do carro e foi para a área de
escape, ficando em quarto lugar.
A surpresa do treino foi o inglês Jenson Button, da Williams, que ficou em
quinto lugar com o tempo de 1min39s111. Os brasileiros Ricardo Zonta, da
BAR, e Pedro Paulo Diniz, da Sauber, terminaram o treino em posições
intermediárias. Zonta foi o décimo e Diniz o 13º.