Suzuka (Japão) - Rubens Barrichello encarou como um gesto de autoconfiança a declaração de Michael Schumacher dispensando sua ajuda no final do Mundial. “Isso só mostra que ele está autoconfiante, sabendo que tem que resolver o problema dele", disse o piloto brasileiro. “Cada um tem que fazer a sua parte. É complicado correr pensando em só ajudar o outro... Aqui vai ser cada um por si e Deus por todos", declarou.
Barrichello não descartou um eventual pedido da equipe para interferir na disputa, mas, segundo ele, qualquer discussão agora é prematura. Tudo vai depender do acerto das Ferrari e dos McLaren durante o final de semana.
“Depende da minha velocidade, do quanto eu estiver perto deles. Aqui em Suzuka, os carros andam sempre bem próximos", lembrou. Barrichello nunca conseguiu grandes resultados no GP do Japão. Nas sete vezes em que correu em Suzuka, o brasileiro marcou apenas dois pontos, com o quinto lugar em 1993, seu ano de estréia.
Correndo pela primeira vez no Japão por uma equipe de ponta, ele acredita que terá melhor sorte. Conta, para isso, com os componentes testados pela Ferrari na semana passada em Mugello e Fiorano (Itália). “Para o domingo, a intenção é a melhor possível. Temos coisas novas no carro, como um novo aerofólio dianteiro. Podemos fazer uma boa prova".
Distantes das discussões em torno da decisão do Mundial, os outros dois brasileiros negociam seu futuro na categoria. Ricardo Zonta, da BAR, afirmou que recebeu uma proposta de contrato, mas que nada ainda foi assinado. Os rumores apontam que ele pilotará para a Sauber no ano que vem, como companheiro do alemão Nick Heidfeld. Pedro Paulo Diniz, na Sauber há duas temporadas, estaria se transferindo para a Prost. Seu companheiro seria Jean Alesi. “Infelizmente ainda não posso anunciar nada. Ainda há chances de eu ficar aqui, mas também posso ir para a Prost". A ausência de seu empresário, José Carlos Brunoro, é um indicativo de que Diniz só deve anunciar seu destino no GP da Malásia, no dia 22.