Porto Alegre - Com 21 anos, o volante Anderson Polga, conhecido por uma boa formação técnica e pela marcação eficiente, não é de forma alguma um estreante em Gre-Nais. O de hoje será o quarto de sua carreira como profissional.
Ainda assim, a experiência não diminui a expectativa. "O Gre-Nal é sempre um jogo imprevisível, único. E neste, quem conseguir a vitória vai ganhar confiança para prosseguir no campeonato, então há muito em jogo", conta o volante, no Olímpico desde 1996.
Aposta pessoal do atual presidente José Alberto Guerreiro, que costumava acompanhar com interesse seus treinos quando ainda estava no juvenil do Grêmio, Polga não lamenta, mas lembra que já poderia ter se firmado entre os titulares há mais tempo. No final de 1999, desesperado com a lentidão no meio-campo, Cláudio Duarte, ainda técnico do Grêmio, lançou mão de Polga.
O volante correspondeu, mas teve de interrromper a luta pela titularidade devido a uma grave lesão no joelho, da qual precisou se operar. Na volta, quase dois meses depois, o Grêmio já tinha outra técnico, Leão, que por sua vez tinha outra aposta para o meio-campo: Pansera.
Com Antônio Lopes, neste ano, Polga ganhou uma nova oportunidade e não deixou mais o time. Nascido em Santiago, o jogador foi garimpado por um olheiro do Grêmio enquanto participava de um torneio internacional de juvenis pelo Cruzeiro de Santiago e convidado a ingressar nas categorias de base do Grêmio. Dali, venceu devagar o caminho até a titularidade, e hoje está em condições de dizer que o pai, colorado, não esconde o orgulho pelo filho jogador.
"Ele não chega a ser um torcedor fanático, e por isso sempre me deu muito apoio", lembra Polga.