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Brasil desfigurado tenta bater Venezuela
Domingo, 08 Outubro de 2000, 07h19
Atualizada: Domingo, 08 Outubro de 2000, 07h20

Porto Alegre - Um ano e quatro meses depois, a seleção brasileira não é nem de longe o time que conquistou a Copa América do Paraguai, em 1999. Desmanchou-se. Nem Luxemburgo é técnico mais. O Brasil que entra em campo neste domingo, às 17h (horário de Brasília), contra a Venezuela, pelas Eliminatórias, não é exatamente a melhor seleção dos últimos tempos.

É uma seleção forjada em meio a uma grande crise. Primeiro vieram as acusações de sonegação de impostos e falsificação de idade de Luxemburgo. Depois a eliminação dos Jogos Olímpicos nas quartas-de-final e a demissão do treinador. Confusão total.

Candinho assumiu interinamente e chamou alguns jogadores de pouca expressão como o volante Donizete e o atacante Euller. Ainda bem que o jogo é contra a Venezuela. E Romário estará no ataque.

A equipe dos Juninhos – o pernambucano e o paulista –, não empolga. Talvez a torcida se animaria mais com os Ronaldos, o gaúcho e o da Inter de Milão. Quem sabe em 2002?

"Temos de apostar no entrosamento que os jogadores trazem de seus clubes. É uma saída para o pouco tempo de treinamento", explicou Candinho, que também escalou a dupla cruzeirense Cléber, na zaga com Antônio Carlos, e Donizete na primeira função do meio-campo.

É um artifício para quem não tem soluções técnicas no momento. Não é de se duvidar, por exemplo, que Euller faça uma grande apresentação. Está combinado que ele não é craque, mas pode funcionar ao lado de Romário – como vem acontecendo no Vasco.

"Ele dá opção para o atacante. Chega à linha de fundo e cruza. É um jogador interessante para qualquer clube", defendeu o colega Romário.

Desconfiada e frustrada com a participação pífia do time olímpico nos Jogos de Sydney, a torcida não está, e nem deveria, muito interessada em acompanhar com tanta atenção a uma seleção de apenas um craque, Romário, e sem um técnico como Luiz Felipe Scolari para comandá-la.

Mas seleção sempre mexe com o torcedor. Mesmo sem maior vibração, ele fica na frente das TVs para ver o Brasil. Até por que contra a Venezuela não é tão difícil assim.

Zero Hora


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