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É a minha maior vitória, comemora Schumacher
Domingo, 08 Outubro de 2000, 09h59
Atualizada: Segunda-feira, 09 Outubro de 2000, 15h30

Suzuka - Se o Comendador Enzo Ferrari estivesse vivo, é possível que ele dissesse: "Não, meu piloto preferido não é mais Gilles Villeneuve, mas Michael Schumacher." O alemão venceu neste domingo o GP do Japão, em Suzuka, e levou milhares de torcedores às ruas no mundo inteiro: a Ferrari agora é campeã do mundo. O peso de 21 anos sem título de pilotos não existe mais. "A Benetton que me desculpe, mas este é o campeonato mais importante para mim e hoje, o dia mais importante da minha carreira", afirmou Schumacher, que conquistou o tricampeonato mundial.

"Eu sempre acreditei que conquistaria o título com a Ferrari, nos três últimos anos chegamos tão perto e agora finalmente conseguimos", começou a falar o alemão. "Fiquei muito emocionado logo depois de cruzar a linha de chegada, mas não esperem de mim o mesmo choro de Monza", lembrou. "Não há palavras para expressar o que sinto, imaginem o que não deve estar acontecendo neste momento na Itália!", disse entusiasmado.

"Quando Ross Brawn (diretor-técnico da Ferrari) começou a me avisar pelo rádio que a coisa estava indo bem, indo bem, sai dos boxes e não vi Mika Hakkinen, pensei comigo: Que loucura!" Até aquele instante, 40ª volta da corrida, a 13 da bandeirada, o finlandês da McLaren liderava a prova e se vencesse, estenderia a disputa pelo título até a última etapa do Mundial, dia 22, na Malásia.

Hakkinen já havia feito o seu segundo pit stop, na 37ª volta. A única forma de ultrapassá-lo seria Schumacher ser mais rápido nas três voltas a mais que ficou na pista, antes da segunda parada, na 40ª volta, para sair na sua frente quando deixasse os boxes. "Estamos indo bem, Michael, acho que pode dar", falou Brown no rádio.

"Sentado no carro e dentro da área de box não dava para ver se Hakkinen se aproximava", disse Schumacher. "Sem poder passar de 80 km/h (limite de velocidade nos boxes) e sem ver a pista, minha ansiedade era enorme", contou. Se saísse na frente de Hakkinen venceria não só a penúltima etapa do Mundial como chegaria ao título tão desejado. "De repente ouvi Ross gritando estamos super bem Michael, super bem Michael." O piloto da Ferrari estava já na metade do caminho para voltar à pista e Hakkinen iniciava ainda a reta dos boxes. "Aquele foi um dos maiores momentos da minha carreira", afirmou o alemão.

Schumacher estava a 13 voltas do título. "Meu único medo era que o carro quebrasse porque sabia que não haveria como Hakkinen me ultrapassar." Curiosamente, o alemão comentou que quando o finlandês entrou nos boxes para seu segundo pit stop, achou que não conseguiria ganhar sua posição. "Enfrentei o tráfego de dois carros mais lentos (Eddie Irvine e Johnny Herbert, da Jaguar), o que me custou uma volta para deixá-los para trás", explicou. "Eu tinha consciência de que aquelas duas ou três voltas que permaneceria a mais na pista seriam cruciais." Ocorre que Hakkinen, quando retornou à prova, teve dificuldades ainda maiores, com os retardatários também (Pedro de la Rosa, da Arrows), os pneus novos do seu carro e a chuva que aumentou. Até então era apenas uma leve garoa.

O excelente trabalho de Schumacher neste domingo não passou imune a críticas. Sua largada mais uma vez não foi boa e, pior, ao ver que perderia o primeiro lugar para Hakkinen, tentou fechar o seu caminho, deslocando a Ferrari na direção da McLaren. "Por um instante perdi o controle do carro quando as rodas giraram muito em falso", tentou explicar, sem convencer ninguém. Schumacher não poderia passar uma corrida decisiva para o título sem deixar a sua marca de nem sempre agir dentro da ética, quando não da legalidade.

"Pedi para a equipe não preparar nenhuma festa porque comemorar antes da hora dá azar", disse o tão polêmico quanto competente piloto da Ferrari. "Não sei para onde iremos e o que faremos, mas tenha a certeza de que vamos celebrar muito essa conquista." De volta ao autódromo, depois de ir para o hotel do circuito de Suzuka, onde estava hospedado, Schumacher jantou à noite nos boxes com toda a equipe, cujos mecânicos já desmontavam os equipamentos a fim de embarcá-los para a Malásia. "Essa gente deixou de dormir muitas noites para a Ferrari ser campeã", afirmou.

Foi o terceiro título de Schumacher na Fórmula 1. Os outros ele conquistou com a Benetton, em 1994 e 1995. Com o primeiro lugar deste domingo, o oitavo na temporada, ele atinge 43 vitórias na Fórmula 1 e se aproximou ainda mais de Alain Prost, o líder desse ranking, com 51. O alemão ficou com 98 pontos no campeonato diante de 86 de Hakkinen.

Agora, David Coulthard, terceiro neste domingo, tem 67 pontos e Rubens Barrichello, quarto em Suzuka, passou a 58. Na Malásia, os dois disputam o terceiro lugar do campeonato. O título de construtores ainda não se definiu. A Ferrari tem 156 pontos e a McLaren, 143. Basta à equipe italiana um quatro lugar com Schumacher ou Barrichello na corrida de Sepang para lhe garantir outro título mundial este ano.

Agora Schumacher só quer saber de festa. "Vamos ter que improvisar uma comemoração. Eu tinha dito para ninguém preparar nada, pois achei que traria má sorte", revelou.

Agência Estado e Redação Terra


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