Rio - O Vasco aguarda ansioso a divulgação do nome do novo treinador da seleção
brasileira, que não aconteceu nesta segunda-feira. A demora na decisão pode criar uma expectativa cada vez maior em
São Januário, onde há vários personagens envolvidos no futuro da seleção.
O protagonista é o técnico Oswaldo de Oliveira, que está entre os
mais cotados para assumir o cargo na CBF. Ele declarou que se recusa a
comentar a possibilidade até que haja um convite formal por parte de Ricardo
Teixeira, até em respeito ao antecessor Wanderley Luxemburgo, com quem
trabalhou no Corinthians.
Mesmo que Oswaldo aceite a proposta, dependerá da permissão dos
dirigentes do Vasco, com quem o técnico assinou contrato no início do
semestre. Tanto o presidente Antônio Soares Calçada quanto o vice Eurico
Miranda adotaram posturas semelhantes e afirmaram que não se pronunciam
sobre especulações.
No entanto, Calçada se disse satisfeito com o trabalho de Oswaldo,
ao contrário de algumas semanas atrás, quando não garantia a permanência do
treinador, e comenta-se em São Januário que Eurico só aceitaria ceder
Oswaldo à Seleção se ele pudesse continuar comandando o time do Vasco. Esta
hipótese é descartada pelo presidente da CBF, que quer exclusividade para a
seleção.
Quem também está interessado na decisão da CBF são alguns jogadores
do Vasco, que teriam vaga certa na seleção caso Oswaldo de Oliveira fosse
confirmado. Ciente disso, o atacante Romário declarou após o jogo contra a
Venezuela que o treinador vascaíno era o melhor nome possível para a
Seleção. Outro técnico cotado, Levir Culpi, já se envolveu em polêmica por
não querer o Baixinho na Seleção.
Mesmo jogadores que andam afastados da seleção passariam a sonhar
com uma convocação. É o caso do zagueiro Júnior Baiano, que nunca mais foi
chamado após a Copa do Mundo de 1998 e é um dos preferidos de Oswaldo no
time do Vasco.