Rio - A Confraria do Garoto aproveitou a sexta-feira 13, para exorcizar os ‘fantasmas’ que atingem o futebol brasileiro. Na porta da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no centro do Rio, foi organizado um protesto bem-humorado contra situação da seleção e de todos os problemas que envolvem o esportes mais querido no País.
A estrela da ‘festa’ foi a estudante de Direito Renata Carla Moura Alves, que fez denúncias contra o ex-técnico da seleção Wanderley Luxemburgo. Os integrantes da Confraria e as cerca de 80 pessoas que acompanharam o evento aclamaram Renata como musa da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Futebol. Em sua chegada, foram jogadas pétalas de rosa e estendido um tapete vermelho para a estudante, que teve tratamento de ídolo. Chegou a surgir uma confusão entre câmeras e fotógrafos, que disputavam o melhor ângulo de Renata na porta da CBF.
Aproveitando o momento, a estudante fez um discurso pedindo a moralização do futebol. "Tem de haver um reformulação na CBF, o povo precisa ter vez na seleção", defendeu. "A coisa tomou uma dimensão tão grande que posso me considerar uma musa da CPI", afirmou ela, antes de lembrar que pretende depôr na CPI do Futebol.
Em meio a confusão que se formou na porta da entidade, ouviam-se gritos de protesto e observações curiosas. "A CBF só tem ladrão", acusou um dos mais exaltados. "É essa a mulher do Luxemburgo?", perguntou outra mulher. A maioria das pessoas presentes ria das brincadeiras dos integrantes da Confraria.
Acompanhada de seu pai, Roberto Carlos Baptista Alves, Renata recebeu uma faixa com a inscrição "musa do dinheiro". Em seguida, ela distribuiu cerca de US$ 40 em notas para pessoas que a cercavam. O dinheiro foi fornecido pela Confraria e chegou a causar um princípio de confusão, até que fosse formada uma fila. Alguns reclamavam da demora em receber o dinheiro: "Cadê o meu dólar?", gritou um deles.
Durante todo o evento, a tradicional banda da Confraria tocava, sem nenhuma afinação, todo o seu repertório, que inclui músicas como "Cidade Maravilhosa" e "Para frente Brasil". Outros membros passavam galhos de arruda na porta da CBF com a intenção de ‘descarregar’ a entidade da energia negativa. Um incenso, ornamentado com uma faixa onde estava escrito sexta-feira 13, foi acendido para espantar os problemas do futebol brasileiro.
Um dos integrantes, conhecido como Nelson, vestia um pano preto na cara para representar, segundo ele, Luxemburgo. "Afinal, ele era um mascarado", justificou.