Santos - O Santos vive uma crise que parece não ter fim. Nesta quarta-feira, a diretoria santista admitiu que os pagamentos do direito de imagem dos jogadores está atrasado, o que só deve ser solucionado na sexta-feira. Além dos atletas, os dirigentes estão sofrendo outras cobranças.
Na terça-feira, o ex-técnico do time, Carlos Alberto Silva, esteve na cidade para uma audiência no processo trabalhista que move contra o clube, exigindo indenização de R$ 2 milhões pelo rompimento de seu contrato. A pedido do Santos, a audiência foi adiada.
Carlos Alberto Silva explicou que entrou com o processo trabalhista porque a diretoria do Santos pretendia ganhar tempo para efetuar o pagamento. Essa ação e o reconhecimento do atraso no pagamento dos jogadores desmentem os comentários freqüentes dos dirigentes, que sempre alegam que as contas do clube estão em dia.
Para complicar a situação financeira, a transferência de Eduardo Marques para o futebol suíço acabou não dando certo. O jogador não acertou as bases de seu contrato com o Grasshoper e está de volta à Vila Belmiro. Com isso, o clube deixou de receber US$ 2 milhões.
Por outro lado, o Santos assinou um contrato de exploração da marca para a comercialização de aproximadamente 150 produtos e, dentro de um mês, estará recebendo US$ 1 milhão referentes ao primeiro ano do acordo.
Harmonia - Apesar do descontentamento pelos pagamentos atrasados, os jogadores procuram passar a imagem de que o grupo está unido na busca pela classificação. O Santos não vence há quatro jogos e conta com uma vitória sábado, contra o Goiás, para voltar a ocupar uma boa posição na Copa João Havelange.
"Com duas vitórias seguidas, o time voltará a estar muito perto da classificação", analisou o atacante Edmundo. "Se tivéssemos vencido o Vasco, um empate em Goiás até que poderia ser um bom resultado, mas agora precisamos da vitória."
Para Edmundo, a vitória é fundamental para acalmar os torcedores. "Voltando a vencer, esses problemas também passam", acredita o atacante. O técnico Giba, por outro lado, destaca que "o trabalho que está sendo desenvolvido internamente é harmonioso" e atribui a pressão recebida a fatores externos.