São Paulo – O São Paulo empatou por 4 a 4 com o Cerro Porteño,
nesta quinta-feira, e com este resultado perdeu a chance de classificar-se
para a próxima fase da Copa Mercosul. O jogo, realizado no Morumbi, acabou
desclassificando também a equipe paraguaia.
A agradável noite na capital paulista não foi o suficiente para a torcida
são-paulina comparecer em bom número ao Morumbi. A delicada situação do São
Paulo na Copa Mercosul não trazia muitas esperanças aos torcedores. Para
classificar-se à próxima fase, o Tricolor precisava vencer o Cerro Porteño
por dois gols de diferença e torcer para o Veléz Sarsfield derrotar o
Flamengo, na próxima semana, no Maracanã.
O São Paulo começou bem a partida. Jogando com passes rápidos e bons
lançamentos, a equipe de Levir Culpi pressionou a equipe paraguaia desde o
primeiro minuto.
O Tricolor não demorou para abrir o placar no Morumbi. Aos 11 minutos,
França lançou Souza e o meia, sem marcação, chutou na saída de Bobadilla. O
goleiro do Cerro ainda desviou, mas não conseguiu evitar o gol tricolor.
O time brasileiro não teve tempo para comemorar. Aos 12 minutos, Alvarenga
deu belo passe para Virgílio Ferreira, que dominou na área. O meia foi muito
rápido e bateu forte, empatando a partida.
O gol do Cerro Porteño desestabilizou a equipe são-paulina por alguns
minutos. O time do Paraguai aproveitou-se da situação, melhorando na partida
e pressionando o São Paulo.
A empolgação do Cerro foi interrompida aos 24 minutos, quando França
desempatou o jogo. O atacante recebeu cruzamento de Souza e sozinho, na
pequena área, tocou para as redes e partiu para o abraço.
Com 2 a 1 no placar, o São Paulo voltou a dominar a partida. A má pontaria
dos jogadores do Tricolor evitou uma vitória por maior diferença. As
expectativas de mais gols ficaram para a segunda etapa.
O segundo tempo começou com um panorama tático parecido com os primeiros 45
minutos. O São Paulo tinha total domínio da partida, errando nas
finalizações. O Cerro Porteño apenas chegava quando a zaga são-paulina
errava.
O Tricolor não demorou para ampliar a vantagem. Aos 9 minutos, Souza
caminhou com a bola dominada pela intermediária e arriscou de fora da área,
acertando o canto direito de Bobadilla e fazendo 3 a 1 para o São Paulo.
As falhas da defesa brasileira eram inúmeras, e aproveitando-se dessa
situação, o Cerro diminuiu a vantagem tricolor. Francisco Ferreira dominou a
bola completamente sem marcação na área, caminhou, dividiu com Júlio
Baptista, ganhou de Rogério Ceni e tocou para as redes, marcando o segundo
gol do time paraguaio.
O meia Souza foi expulso por reclamação, sendo responsável por uma
reviravolta na partida. Depois da saída do meia são-paulino, o Cerro Porteño
tomou conta do jogo. O nervosismo acabou com as chances de vitória do São
Paulo.
Aos 29 minutos, o Cerro teve um pênalti a seu favor e Alvarenga
apresentou-se para a cobrança. O meia paraguaio chutou forte, quase no meio
do gol, empatando a partida.
O Cerro Porteño acabou virando o jogo, quando aos 34 minutos, Fernandez, de
cabeça, marcou o quarto gol paraguaio.
O São Paulo, completamente desestabilizado, despedia-se melancolicamente da
Copa Mercosul com a derrota. Nos acréscimos, o Tricolor ainda empatou.
França cobrou pênalti e finalizou o placar, 4 a 4, resultado que
desclassificou as duas equipes.
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São
Paulo
|
|
Cerro
Porteño
|
|
4
|
X
|
4
|
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Ficha
Técnica
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Local |
Morumbi, em
São Paulo |
Público |
Não
divulgado |
Renda |
Não divulgada |
Cartões
amarelos |
Souza e Harison
(São Paulo); Francisco Ferreira, Alvarenga e Jazmín (Cerro Porteño)
|
Cartão
vermelho |
Souza |
Gols |
Souza aos 11, Virgílio Ferreira aos 12 e França aos
24 minutos do primeiro tempo; Souza aos nove, Francisco Ferreira
aos 16, Alvarenga aos 29, Fernandes aos 34 e França aos 47
minutos do segundo tempo.
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Juiz |
Gustavo Méndez
(Uruguai) |
São
Paulo |
Rogério Ceni,
Belletti (Pimentel, aos 66´), Jean, Rogério Pinheiro e Gustavo Nery;
Maldonado, Fabiano (Harison, aos 63´), Júlio Baptista e Souza; Sandro
Hiroshi (Ilan, aose França. Técnico: Levir Culpi |
Cerro
Porteño |
Bobadilla,
Espínola, Sandoval, Cáceres e Cristaldo (Fernandez, aos 50´); Virgílio
Ferreira (Cesar Ramirez, aos 60´), Garay, Struway e Alvarenga; Francisco
Ferreira e Gomez (Jazmín, aos 46´). Técnico: Cayetano Re. |
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