São Paulo - Primo do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, o coordenador-técnico da era Wanderley Luxemburgo na seleção, Marcos Moura Teixeira, também foi afastado da equipe, agora comandada pela dupla Antonio Lopes-Emerson Leão. Mestre em Ciência do Esporte pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Moura chegou a trabalhar um período como preparador físico de Luxemburgo na seleção.
Ele foi levado para a CBF pelo próprio Luxemburgo, com quem trabalhara no Flamengo e no Corinthians. Moura também teve passagens pelo Botafogo, Cruzeiro e integrara outras comissões técnicas da seleção nos últimos anos, com Sebastião Lazaroni, Parreira e Zagallo. Apesar das insinuações de que só estava na CBF por causa de suas relações pessoais com Ricardo Teixeira, Moura demonstrou competência durante sua última passagem pela seleção.
Ele cuidou praticamente sozinho da preparação física do grupo para o Torneio Pré-Olímpico, na ausência de Antonio Mello, por causa de compromissos com o Corinthians. Esteve à frente do trabalho na Copa América, do Paraguai, em 1999, quando iniciou com oito meses de antecedência as visitas a cidade de Foz do Iguaçu, no Paraná, onde a seleção ficou concentrada. Em Foz, conseguiu a reforma do estádio do ABC, que passou a ter novas instalações para receber a seleção.
Entre outras coisas, Moura era o encarregado de viajar para os países e outros Estados em que o Brasil disputaria amistosos ou competições a fim de providenciar locais de treino, escolher os hotéis com estrutura para receber a equipe e analisar as condições dos estádios que seriam utilizados para os jogos. Moura sempre procurou a discrição no seu cargo. "Estou de volta ao mercado e pronto para um novo desafio", declarou.