Belo Horizonte - Luciano Burti não arrisca palpites sobre o seu ano de estréia na Fórmula 1. Tudo vai depender do carro que terá em mãos. “Tivemos um ano bem abaixo do que prevíamos, mas várias mudanças estão sendo feitas, que podem ou não darem certo", observa o piloto. Nesta temporada, a Jaguar só conquistou três pontos, quando, no ano passado, com o nome Stewart, apenas um de seus pilotos, Rubinho Barrichello, fez 21 pontos.
“Nesta transição para Jaguar, a escuderia recebeu muito dinheiro e ganhou uma equipe maior. A questão é que cresceu em quantidade, mas em qualidade, com certeza, não. Para 2001, teremos um novo projetista que vem da escola Williams, que estará assinando pela primeira vez um carro seu, e pneus da fábrica Michelin (estreando na categoria), competindo com a Bridgestone, que já tem uma experiência na F-1".
Com tantas incógnitas, é impossível prever, de acordo com Burti, se a equipe terminará entre as nove do ranking, como aconteceu neste ano, ou se subirá mais alguns degraus. “Tivemos uma evolução boa no motor ainda nesta temporada, a partir do GP da Alemanha, quando ganhamos 15 cavalos. Mas o ideal é ganharmos mais 30 cavalos", afirma Luciano Burti, que terá Eddie Irvine como companheiro de equipe.
“Teoricamente", diz Burti, ele será o piloto número dois da Jaguar, mas os resultados podem inverter esta ordem. “Por isso o início da temporada será de grande importância", avalia. Sua meta é dirigir com tempos muito próximos ao de Irvine, “um piloto experiente, vice-campeão da temporada 1999 e que pilotou uma Ferrari", admite.