Rio - Um dos principais juristas esportivos do país, Valed Perry, disse nesta sexta-feira que o técnico da seleção brasileira, Émerson Leão, poderá sentar no banco para comandar a equipe contra a Colômbia, no dia 15 de novembro, em São Paulo, pelas Eliminatórias Sul-Americanas.
Ele explicou que a pena recebida por Leão, referente ao jogo contra o Vitória pela Copa João Havelange, é válida somente em âmbito nacional.
Como a partida contra a Colômbia faz parte de uma competição internacional, Leão está liberado para dirigir a seleção.
"Já houve casos de jogadores punidos pela Sul-Americana ou pela Fifa e que puderam atuar por um campeonato nacional. Não há nada que impeça que Leão sente no banco de reservas para comandar a seleção brasileira", disse o jurista.
No julgamento da noite de quinta-feira, o técnico do Sport teve sua pena reduzida de 60 para 20 dias. Depois de cumprir efeito suspensivo, Leão foi punido por ofensas morais ao árbitro gaúcho Fabiano Gonçalves na partida de 2 de setembro, contra o Vitória, no Barradão. A decisão revoltou os dirigentes do Internacional, que tentaram fazer o mesmo com o treinador Zé Mário.
"Realmente essa decisão é absurda e depõe contra a justiça desportiva do país. Leão é reincidente específico em ofensas morais, enquanto Zé Mário é primário e pegou 30 dias de punição", disse.