por Dani Blaschkauer
São Paulo – Os jogadores da seleção iraquiana de futebol sofreram outra vez uma punição por terem se dado mal em um campeonato oficial.
Depois da eliminação nas quartas-de-final da Copa da Ásia (perdeu por 4 a 1 do Japão), os atletas, que são todos militares, acabaram perdendo a patente. Como eles, até por defenderem a seleção nacional, eram cabos ou sargentos, todos voltaram a ser simples soldados em pronunciamento feito direto ao público. Isto, dentro de um regime militar, é o pior vexame que uma pessoa pode passar. A punição foi dada por Uday Hussein, presidente da Federação Iraquiana de Futebol, por ordem de seu pai, Saddam Hussein.
Mas esta situação não chega a ser novidade para os jogadores iraquianos. Em 98, depois que o time não se classificou para a Copa da França, alguns atletas denunciaram que foram presos e torturados (tiveram, segundo a oposição, que treinar com bolas de cimentos) dentro de um quartel do exército do país. Até a Fifa chegou a investigar o caso.
O treinador da seleção também foi punido. Mas ‘somente’ com a demissão. Afinal, era um iugoslavo _Miljan Zivodinovic_, que nem sequer voltou ao Iraque depois do fiasco na Copa da Ásia.