Belo Horizonte - Honra e profissionalismo. Nesses conceitos o zagueiro Wellington Paulo se apega, para a disputa dos quatro jogos restantes do América no Módulo Azul da Copa João Havelange _ após a eliminação na competição, com a derrota por 3 a 2 para o Vitória da Bahia, sábado.
Sem chances de classificação, mesmo faltando quatro jogos, é hora de honrar a camisa do clube e enfrentar os últimos adversários como se o time ainda pudesse se classificar entre os doze que passam à etapa seguinte da competição.
“Quando entro em campo, não penso se vou disputar um amistoso ou uma partida oficial", diz Wellington Paulo. “Sempre joguei desta forma. Mesmo porque, vai estar em jogo a honra e o profissionalismo de cada um dos jogadores do América. E também do próprio clube" _ ressalta.
De início, um desafio ao desânimo americano: o clássico contra o Atlético, no Mineirão, previsto para domingo, mas que pode ser antecipado para sábado, em razão do jogo do alvinegro contra o Boca Juniors, na terça-feira, 7, em Buenos Aires, pela Copa Mercosul.
Para Wellington Paulo, existe também outro fator para que os jogadores pensem exclusivamente na vitória contra o Atlético. “Agora, temos que lutar para ficar numa melhor posição no campeonato, já que não sabemos como será no próximo ano, se vai haver ou não a Copa João Havelange. Por isso, é importante terminar numa posição melhor que a que ocupamos no momento", frisa.
O América está com 21 pontos e ocupa a 21ª colocação. De acordo com as projeções de especialistas, chegaria no máximo aos 33 pontos, vencendo os quatro jogos, pontuação insuficiente para a classificação.
Wellington Paulo considera que a derrota para o Coritiba por 3 a 2, na semana passada, quando o América chegou estar vencendo por 2 a 0, teve impacto muito negativo sobre o grupo.
“Principalmente pela situação em que a derrota aconteceu, quando vencíamos, para, depois, possibilitarmos a reação adversária".
“Acho que aquela derrota jogou para baixo o astral do grupo, que vinha subindo com a vitória sobre o Flamengo" _ analisa o zagueiro, para quem não há um culpado pela desclassificação. “Nós todos, jogadores, comissão técnica e diretoria temos nossa parcela de culpa", registra.
No jogo de sábado, o América lutou muito, principalmente depois que levou o terceiro gol; pressionou a equipe baiana no segundo tempo, mas faltou o principal: futebol. A despedida da João Havelange mostra a necessidade de reforçar o elenco para o próximo ano.
Os jogadores retornam hoje à tarde aos treinamentos, visando o clássico contra o Atlético. O apoiador Fabrício, expulso contra o Vitória, cumpre suspensão automática e desfalca o time.