Rio - Apesar de ter esperanças de reverter o quadro, o técnico da seleção Emerson Leão dificilmente estará presente no banco de reservas em sua estréia no comando da equipe brasileira, contra a Colômbia, no dia 15, pelas eliminatórias.
A própria Confederação Brasileira de Futebol (CBF) já se manifestou favorável a que o técnico cumpra a punição. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) puniu com uma suspensão de 20 dias ao treinador, que se encerra um dia após o jogo.
Por meio de advogados, Leão, que está descansado em uma de sua fazendas no centro-oeste, tenta mudar a situação. Duas possibilidades estão sendo exploradas na defesa do treinador. O argumento mais forte baseia-se no parecer da Confederação Sul-Americana, para quem punições em âmbitos nacionais não têm validade em jogos de eliminatórias da Mundial.
Mas, o Código Brasileiro Disciplinar de Futebol (CBDF) é claro ao estender as suspensões por tempo a todas os jogos. O artigo 206, do CBDF, trata da questão: "A suspensão por prazo priva o punido de participar de qualquer partida, de ter acesso a recintos reservados de praças desportivas..." Um exemplo da aplicação desta lei está no caso do lateral-esquerdo Athirson, que ficou impedido de jogar por mais de um mês, neste ano.
Punido por uso de doping, o jogador não pôde ser convocado para a seleção no período. Até a tarde desta terça-feira, a CBF afirmava que o treinador cumprirá a suspensão. Outra possibilidade levantada por Leão era a de que uma parte da pena já tinha sido cumprida. A alegação era de que o pedido de efeito suspensivo teria sido encaminhado alguns dias após o julgamento em primeira instância. Depois da decisão do STJD, em segunda instância, o advogado do Sport, Carlos Alberto Faria, garantiu que o pedido de efeito suspensivo foi imediato. Ou seja, não haverá diminuição da suspensão, que vai durar até o dia 16.
Motivo- Leão foi suspenso porque ofendeu o árbitro Fabiano Gonçalves, na partida entre Sport e Internacional, pela Copa João Havelange. O juiz colocou a informação na súmula e o treinador foi a jugalmento. Na primeira instância, sofreu uma suspensão de 60 dias, pena que foi reduzida para 20 dias pelo STJD.