Washington - A embaixada brasileira nos Estados Unidos reagiu ao editorial publicado pelo jornal New York Times entitulado "O Grande Escândalo do Brasil", sobre as Comissões Parlamentares de Inquérito que estão investigando o futebol brasileiro.
Em uma carta enviada à empresa, o embaixador brasileiro Rubens Barbosa afirma ter lido o artigo com consternação, ao constatar uma série de associações inadequadas e estereotipadas sobre o país.
Entre os erros apontados, o embaixador contesta a ligação entre o desempenho do Brasil na Olimpíada de Sydney e os problemas fiscais do ex-técnico Wanderley Luxemburgo, além do comentário de que seria bom se as investigações de outras instituições fossem conduzidas da mesma forma que as CPIs do futebol.
Na carta, Barbosa ressalta que o Brasil tem feito um esforço para a moralização em todos os setores, não só no futebol, tanto que o País não hesitou em tirar do poder um presidente, por corrupção, e recentemente aprovou a Lei de Responsabilidade Fiscal.
O embaixador completa lembrando que a corrupção no esporte não é um privilégio exclusivo do Brasil, citando o envolvimento com drogas do técnico Chistoph Daum, que iria assumir o comando da seleção da Alemanha, e o escândalo envolvendo a escolha da cidade norte-americana de Salt Lake City como sede da Olimpíada de Inverno.