Belo Horizonte - A diretoria do Cruzeiro confirmou nesta quinta-feira que tem um contrato com as pessoas física e jurídica do técnico Luiz Felipe Scolari. Sem falar em valores, o vice-presidente da Raposa, Alvimar Perrella, disse que o treinador recebe metade do salário como pessoa física e a outra metade, como jurídica.
“O Luiz Felipe tem uma empresa para comercializar as palestras que dá pelo Brasil. No Cruzeiro, além de receber como funcionário, ele também recebe através de sua empresa”, disse Alvimar.< p>
O dirigente do clube mineiro contestou as declarações do Ministro da Previdência, Waldeck Ornellas, e disse que o contrato do Cruzeiro com o treinador não é ilegal. “Não há nada de errado nisso. Tudo não passa de uma simples terceirização de serviços”, alegou Perrella.
Para Waldeck Ornellas, contratos como o de Felipão são feitos para burlar os encargos trabalhistas e o imposto de renda. “É claro que existe uma relação de emprego entre o clube e o treinador. Por isso, contratos com pessoa jurídica num caso como esse servem apenas para evitar as obrigações para com as contribuições trabalhistas”, afirma o Ministro.
Luiz Felipe Scolari não quis comentar a polêmica. “Esse é um assunto que cabe à diretoria do Cruzeiro comentar”, limitou-se a dizer o treinador, que também não confirma receber cerca de R$ 300 mil mensais do clube mineiro.